Marina Silva afirma que Lula avalia veto parcial de texto do PL da Devastação

Marina Silva indica que Lula deve vetar partes do PL da Devastação (2159/2021). Ministra defende substituir o texto por nova proposta. 

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que o presidente Lula deve vetar trechos do Projeto de Lei 2.159/21, conhecido como PL da Devastação, por enfraquecer as regras do licenciamento ambiental. Segundo ela, “não basta vetar”, é preciso apresentar alternativas que assegurem a integridade da legislação e evitem retrocessos na política ambiental brasileira.

Aprovado pela Câmara dos Deputados em julho, o projeto prevê a simplificação dos processos de licenciamento, a criação de licenças automáticas, a redução de prazos e a dispensa de estudos de impacto ambiental para determinadas obras. 

O texto é criticado por entidades científicas e organizações ambientais, que apontam no PL ameaças à integridade da fiscalização ambiental, à proteção de biomas sensíveis e aos direitos de povos originários e comunidades tradicionais.

Segundo Marina, o governo articula internamente a análise de propostas de mudança no texto do PL da Devastação. A ministra defende vetos pontuais, mas que sejam acompanhados de medidas substitutivas, por meio de projeto de lei ou medida provisória. O objetivo é garantir segurança jurídica e evitar que se reduza a proteção ambiental no país. O presidente Lula tem até 8 de agosto para sancionar ou vetar o texto do PL, integral ou parcialmente. 

Imagem da ministra Marina Silva em frente à bandeira do Brasil. Segundo Marina Silva, Lula deve vetar parcialmente o texto do PL da Devastação.
Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, Lula deve vetar partes do texto do PL da Devastação. Foto: José Cruz/Agência Brasil.

Bruna Akamatsu
Bruna Akamatsu
Bruna Akamatsu é jornalista e mestre em Comunicação. Especialista em jornalismo digital, com experiência em temas relacionados à economia, política e cultura. Atualmente, produz matérias sobre meio ambiente, ciência e desenvolvimento sustentável no portal Brasil Amazônia Agora.

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