Enquanto crise climática deixa efeitos evidentes no país, com recentes recordes de calor, registros de neve e seca histórica, especialistas cobram retomada de protagonismo verde perante o mundo todo
As próximas semanas serão decisivas para que o mundo tenha mais clareza sobre o que esperar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que acontece em novembro em Glasgow, na Escócia. Diante do alerta do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em agosto, de que estamos em um ponto crítico em relação às mudanças climáticas, muito atrás dos objetivos esperados para o cumprimento do Acordo de Paris, aumenta a pressão mundial para que a COP26 traga compromissos mais enérgicos de combate ao aquecimento global.
Além de cobrar ações concretas para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, evitando que ultrapasse 2ºC até o final do século, com base no período pré-industrial, o evento tem outros temas prioritários em pauta, como a regulação do mercado internacional de carbono, a descontinuação progressiva do uso de combustíveis fósseis, o financiamento climático e o incentivo às energias renováveis.
Há fortes expectativas, tanto nacional quanto internacionalmente, para que o Brasil recupere o papel de protagonista nas negociações climáticas. Nesta semana, executivos de mais de 100 grandes empresas fizeram um apelo para que o Brasil assuma uma posição de liderança. Os líderes empresariais alertaram em uma carta conjunta que o país pode ser “excluído de uma nova ordem climático-econômica que se consolida diante dos nossos olhos”.
Fonte: Um só planeta
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