A análise confirma que o aquecimento global amplifica o poder destrutivo das tempestades e furacões
Um novo estudo do instituto de pesquisa Climate Central, divulgado nesta quarta-feira (20), revela que as mudanças climáticas aumentaram a intensidade da maioria dos furacões do Atlântico entre 2019 e 2023 e de todas as tempestades que aconteceram até o momento em 2024.
Trinta furacões analisados no estudo (de um total de 38) atingiram intensidades aproximadamente uma categoria acima na Escala de Saffir-Simpson em comparação com a força esperada em um mundo sem mudanças climáticas. Os resultados mostram que é improvável que fenômenos como Beryl e Milton, em 2024, tivessem tornado-se de categoria 5 sem essa influência, assim como o devastador Helene, que passou da categoria 3 para a 4.
Esses furacões foram intensificados por temperaturas da superfície do mar elevadas devido ao aquecimento global causado pela ação humana. “As emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa influenciaram as temperaturas da superfície do mar em todo o mundo”, disse o autor do estudo, Daniel Gilford. Isso é impactante na formação desses fenômenos climáticos extremos pois, se a água no oceano abaixo do furacão estiver quente o suficiente, ela libera grandes quantidades de energia à medida que evapora. Esse cenário, por sua vez, cria uma queda na pressão do ar que gera ventos fortes.
Os potenciais danos causados pelos ventos associados a cada categoria (de 1 a 5) aumentam aproximadamente quatro vezes a cada avanço de categoria, de acordo com a avaliação da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) sobre o potencial de danos de furacões. No entanto, mesmo pequenos aumentos na velocidade dos ventos, sem mudança de categoria, podem aumentar significativamente os danos potenciais.
Dr. Daniel Gilford, cientista climático da Climate Central, discute como a ciência de atribuição está conectando as mudanças climáticas à temporada de furacões no Atlântico de 2024:
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