“Neste cenário, a Zona Franca de Manaus, a economia do Amazonas, baseada nos mecanismos de compensação fiscal para redução das desigualdades regionais – ora completando 55 anos – se insere positivamente com seus avanços e desafios, nos propósitos e compromissos da Rede Brasil e sua adesão ao Pacto Global.”
Por Thiago Augusto Terada
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A Rede Brasil do Pacto Global da ONU – a mobilização da comunidade na direção da sustentabilidade e da cidadania – chegou neste dia 17, em Manaus, com o lançamento do HUB ODS Amazonas. Trata-se de uma inciativa da maior relevância para acelerar, por meio de parcerias e do conhecimento das empresas que vivenciam a realidade da região Amazônica, a busca pelo cumprimento da Agenda de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030 e todos os seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Teremos, a partir de agora, uma grande oportunidade de mobilização e engajamento de atores do setor privado para pensar e executar ações em conjunto, que atendam ao roteiro de mudanças recomendadas pela Organização das Nações Unidas.
Os indicadores socioeconômicos e ambientais de nossa região precisam atingir novos patamares de desenvolvimento. Por isso, a mobilização civil se faz necessária. O propósito do HUB é justamente o de fazer essas conexões no cenário corporativo.
Entre os estados da Rede Brasil que já aderiram o Pacto Global, está Minas Gerais, que firmou parceria com a Desafio 2030, rede de organizações do setor privado sediadas naquela unidade federativa. Com algumas preocupações similares ao que se esboça em nossa região com o Instituto Amazônia 21, a organização Desafio 2030 se integrou às práticas de sustentabilidade no contexto da responsabilidade do mundo dos negócios para a promoção de desenvolvimento econômico e redução das desigualdades sociais.
O Pacto Global é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo e ter uma iniciativa com a chancela da ONU no Estado é uma nobre missão para todos os envolvidos. Neste cenário, a Zona Franca de Manaus, a economia do Amazonas, baseada nos mecanismos de compensação fiscal para redução das desigualdades regionais – ora completando 55 anos – se insere positivamente com seus avanços e desafios, nos propósitos e compromissos da Rede Brasil e sua adesão ao Pacto Global.
O HUB Amazonas será coordenado pelo Instituto Soka Amazônia. Diversos atores da indústria, comércio e do terceiro setor já sinalizaram positivamente para integrar a iniciativa. Temos um Polo Industrial forte, de onde emana a força motriz da economia do Estado e que também possui muito potencial para desenvolvimento de ações sustentáveis.
Com a maior diversidade biológica da Terra, 20% da água doce, uma província mineral estratégica imensurável, a Amazônia implica sempre razões adicionais no zelo e trato de suas potencialidades.
A Águas de Manaus é diretamente responsável pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 6: água e saneamento. Temos total capacidade para garantir o atingimento das metas de universalização do saneamento, com um pacote de investimentos para os próximos anos. Entendemos que é preciso fazer mais e contribuir em outras frentes para o desenvolvimento de Manaus e estamos dispostos a somar esforços que corroborem com os avanços e o potencial da região, rica em biodiversidade, cultura e atividade industrial.
A Amazônia é um dos ativos mais importantes do planeta. E nós, vivemos em uma cidade no coração desse ativo. Por isso, é necessário valorizar e preservar isso para gerações futuras, através de ações sustentáveis. Os desafios são amazônicos, ou seja, imensos, o que deve ser tratado como razão maior de expandir esforços, parcerias e interlocução construtiva com o poder público, com a academia, órgãos responsáveis pela educação, gestão socioambiental e novas modelagens de investimentos e empreendimentos, socialmente justos, politicamente corretos, economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis. Mãos à obra!
Esta Coluna Follow-up é publicada no Jornal do Comercio às quartas, quintas e sextas-feiras, sob a responsabilidade do CIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amazonas, com a coordenação editorial de Alfredo Lopes, consultor da entidade e editor do portal BrasilAmazoniaAgora.
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