“Aplaudimos essas lideranças e as entidades por sua dedicação incansável, nestes 57 anos de história da Zona Franca de Manaus tempos difíceis para assegurar a transformação econômica. Que essas vozes ressoem em todo o país e inspire ações concretas em prol da Amazônia e de sua gente. Seguimos mais fortes e mais unidos!”
Por Alfredo Lopes
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Coluna Follow-Up
O artigo publicado no Estadão pelo presidente do Conselho Superior do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Luiz Augusto Rocha, é um tributo às lideranças empresariais do Amazonas, que continuam a defender com coragem e lucidez os direitos ao trabalho, à redução das desigualdades regionais e ao compromisso cívico com o desenvolvimento sustentável.
Neste 18 de dezembro de 2024, a análise de Luiz Augusto Rocha reafirma a importância da Zona Franca de Manaus (ZFM) como uma peça fundamental da economia brasileira. Em um cenário de mudanças fiscais profundas com a reforma tributária, a ZFM manteve, por força constitucional, o seu diferencial competitivo. Isso não representa privilégios, mas o reconhecimento de uma política pública que equilibra o desenvolvimento econômico da Amazônia com a preservação ambiental e a mitigação das desigualdades históricas entre o Norte e o Sul do Brasil.
Além disso, é fundamental reconhecer o papel heroico destas lideranças empresariais do Amazonas durante a pandemia de COVID-19. Diante do inimigo invisível e atroz, em vez de trancarem as portas de seus estabelecimentos, essas lideranças foram à luta, comprometendo-se a proteger a vida de seus colaboradores e a garantir a continuidade da economia. Atuaram na linha de frente para produzir equipamentos de proteção individual dos profissionais de saúde, implementando medidas de precaução, resguardando empregos e mantendo o processo produtivo. Graças a esses esforços, as atividades produtivas do estado permaneceram ativas, contribuindo com os 85% de impulsão na roda da economia para seguir produzindo cerca de 30% da geração de riqueza em toda a região Norte.
Aqui, saudamos não apenas o CIEAM, sob Lúcio Flavio Oliveira e Luiz Augusto Rocha, mas também outras entidades que foram fundamentais no resguardo dos alicerces constitucionais de nossa economia, como a ABRACICLO, liderada por Marcos Bento, a FIEAM, sob a liderança de Antônio Silva, e a ELETROS, representada por Jorge Nascimento. Essas organizações demonstraram resiliência e compromisso com a sociedade, atuando como pilares de uma economia que tem sustentado o Amazonas e parte da Região Norte.
Da mesma forma, celebramos a atuação da bancada amazonense, sob a liderança dos senadores Eduardo Braga e Omar Aziz, e do deputado Sidney Leite, que trabalharam incansavelmente para garantir o reconhecimento das especificidades da ZFM na reforma tributária. Não menos importante foi o apoio técnico de especialistas como Thomás Nogueira, Afonso Lobo, Farid Mendonça Júnior e Marcelo Pereira, contribuições que foram essenciais para consolidar essa conquista.
A Zona Franca de Manaus se consolidou mais do que uma estratégia fiscal. Ela passa a simbolizar um compromisso com o equilíbrio climático, a soberania nacional e a dignidade das populações locais. Com 96% da cobertura florestal preservada no Amazonas, ela demonstra que desenvolvimento sustentável é uma realidade possível. Além disso, os mais de R$ 20 bilhões em tributos arrecadados anualmente pelas empresas incentivadas provam que a ZFM faz bem aos cofres públicos, aos trabalhadores e à floresta.
Luiz Augusto Rocha enfatiza, em seu artigo, que a ruptura desse modelo traria consequências drásticas: desemprego, migração em massa e aumento de atividades ilegais, incluindo desmatamento e crime organizado. Esse alerta reforça a importância de se continuar investindo em políticas que promovam a inovação, a industrialização responsável e a manutenção da floresta em pé.
A luta das entidades de classe do Amazonas e das lideranças empresariais pela preservação da Zona Franca de Manaus é um exemplo de compromisso cívico e visão estratégica. Defender a ZFM é defender a Amazônia, a justiça social e o futuro do Brasil. Este registro é um convite à reflexão e ao reconhecimento do valor da ZFM, cuja contribuição ultrapassa fronteiras regionais e impacta diretamente a vida de todos os brasileiros.
Aplaudimos essas lideranças e as entidades por sua dedicação incansável, nestes 57 anos de história da ZFM tempos difíceis para assegurar a transformação econômica. Que essas vozes ressoem em todo o país e inspire ações concretas em prol da Amazônia e de sua gente. Seguimos mais fortes e mais unidos!
Alfredo é filósofo, foi professor na Pontifícia Universidade Católica em São Paulo 1979 – 1996, é consultor do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, ensaísta e co-fundador do portal Brasil Amazônia Agora
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