De olho na COP30, Brasil avança na conservação dos oceanos com investimento internacional de US$ 6,8 milhões

O investimento na conservação dos oceanos reforça a posição do Brasil como protagonista na agenda climática internacional, sobretudo no contexto de preparação para a COP

Durante a celebração do Dia Mundial dos Oceanos em 8 de junho, na terceira Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos (UNOC3), realizada em Nice, na França, a Bloomberg Philanthropies anunciou um investimento de US$ 6,8 milhões voltado à conservação dos oceanos, abrangendo ecossistemas marinhos e costeiros do Brasil.

Esse aporte financeiro visa fortalecer o papel do país no cumprimento da meta global 30×30, que propõe proteger 30% das áreas terrestres e marítimas do planeta até 2030. Além disso, a medida reforça a posição do Brasil como protagonista na agenda climática internacional, sobretudo no contexto de preparação para a COP30, que ocorrerá em Belém (PA) em novembro.


Brasil recebe investimento internacional de US$ 6,8 milhões para conservação dos oceanos e ecossistemas costeiros.
Brasil recebe investimento internacional de US$ 6,8 milhões para conservação dos oceanos e ecossistemas costeiros — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Segundo Ana Toni, diretora-executiva da COP30, o oceano estará no centro da conferência. “Não podemos proteger o clima sem proteger o oceano. O apoio da Bloomberg fortalece nosso compromisso com a conservação e com a meta 30×30.”

Conservação dos oceanos no Brasil

Com um litoral que ultrapassa os 10 mil quilômetros de extensão, o Brasil abriga ecossistemas marinhos essenciais como manguezais, recifes de coral e uma vasta zona econômica exclusiva, que representa mais de 40% do território nacional. Esses ambientes são fundamentais para a biodiversidade global, a segurança alimentar e a proteção costeira frente aos impactos das mudanças climáticas.

O investimento anunciado pela Bloomberg Philanthropies financiará ações em parceria com organizações brasileiras e internacionais, entre elas Rare, WWF-Brasil e a Global Mangrove Alliance. Essas instituições atuarão junto a comunidades locais e indígenas nos estados do Pará, Amapá e na região de Abrolhos, com foco na conservação de manguezais e recifes de coral, contribuindo para a preservação dos ecossistemas marinhos e o fortalecimento das comunidades costeiras.

Isadora Noronha Pereira
Isadora Noronha Pereira
Jornalista e estudante de Publicidade com experiência em revista impressa e portais digitais. Atualmente, escreve notícias sobre temas diversos ligados ao meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável no Brasil Amazônia Agora.

Artigos Relacionados

Zona Franca de Manaus atinge recorde e deve faturar R$ 217 bilhões em 2025

Zona Franca de Manaus deve faturar R$ 217,6 bilhões em 2025, impulsionada por inovação e crescimento dos setores relojoeiro e eletrônico.

COP30 herda plano trilionário: “Mapa do Caminho” propõe reforma financeira para financiar a transição verde

Mapa do Caminho propõe reformas e novas fontes de recursos para destravar US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento climático até 2035.

Um começo alvissareiro para a COP 30

“A COP 30 começa com um gesto nobre —...