“Ainda no clima da Semana da Indústria, ao destacar o legado e as conquistas dos empreendedores da Indústria da Floresta, podemos olhar para trás com orgulho e prestar aos parceiros desta jornada vitoriosa uma singela homenagem. Cada desafio superado, cada lição aprendida, cada hectare da biodiversidade intocado contribuiu para fazer do Polo Industrial de Manaus o que ele é hoje: um exemplo de como o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental podem caminhar juntos”
Por Jean Marc Hamon
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Coluna Follow-Up
Empreender na floresta amazônica é um desafio que exige coragem, resiliência e uma profunda conexão com a terra e suas pessoas. Desde os primeiros passos no coração da Amazônia, enfrentamos adversidades imensas: da precariedade das infraestruturas ao isolamento logístico, das intempéries naturais à complexidade da biodiversidade. Cada obstáculo encontrado não foi um motivo de desistência, mas uma oportunidade de aprendizado e crescimento.
Nos primeiros dias, a infraestrutura era quase inexistente. Estradas precárias, comunicação limitada e um ambiente hostil tornavam cada dia uma batalha. No entanto, esses desafios moldaram o caráter dos pioneiros, que aprenderam a valorizar cada pequeno avanço como uma vitória significativa. O desenvolvimento de técnicas sustentáveis, a adaptação às condições locais e o respeito pela natureza foram lições duramente aprendidas, mas fundamentais para o sucesso a longo prazo.
Os fracassos iniciais, inevitáveis em qualquer grande empreendimento, foram encarados não como derrotas, mas como valiosas lições. Cada falha trouxe consigo uma compreensão mais profunda do ambiente, uma maior habilidade para inovar e uma resiliência que se tornou a marca dos empreendedores da floresta. A capacidade de transformar erros em aprendizados, de se adaptar e perseverar, foi o que nos permitiu avançar.
A união e o apoio das entidades da indústria, como a FIEAM e a CIEAM, foram cruciais. Juntas, essas entidades criaram um ambiente propício ao crescimento, oferecendo suporte, recursos e uma rede de colaboração que fortaleceu a todos. O Polo Industrial de Manaus emergiu como um modelo de sucesso, demonstrando que políticas fiscais inteligentes podem promover o desenvolvimento regional sem comprometer a proteção florestal.
Os avanços tecnológicos e as práticas sustentáveis implementadas ao longo dos anos refletem um compromisso contínuo com a inovação e a responsabilidade ambiental. As conquistas atuais são fruto de um trabalho árduo e da colaboração estreita entre empresas, governo e comunidades locais. Projetos de desenvolvimento sustentável, iniciativas de educação e programas de preservação ambiental são apenas algumas das realizações que destacam a importância de uma abordagem integrada e consciente.
Hoje, ainda no clima da Semana da Indústria, ao destacar o legado e as conquistas dos empreendedores da Indústria da Floresta, podemos olhar para trás com orgulho. Cada desafio superado, cada lição aprendida, cada hectare da biodiversidade intocado contribuiu para fazer do Polo Industrial de Manaus o que ele é hoje: um exemplo de como o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental podem caminhar juntos. A história dos empreendedores da floresta é uma história de determinação, inovação e sucesso. É uma prova de que, com a união de todos e um compromisso inabalável com o progresso e a sustentabilidade, podemos alcançar grandes coisas.
Muito obrigado, a cada um e a todos os passageiros dessa conquista diária, muito obrigado Amazônia e amazônidas, por serem parceiros nessa jornada extraordinariamente gratificante. O futuro é promissor, e juntos, continuaremos a avançar, aprendendo e conquistando, sempre em harmonia com nossa biodiversidade fecunda e preciosa que vai fazer a diferença na antecipação dessa utopia que perpassa a Amazônia.
Jean Marc Hamon é diretor industrial da BIC Amazônia
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