O Guardian destacou as críticas ácidas de patrocinadores da COP26 quanto à organização do evento. Para eles, as coisas estão acontecendo no último minuto, de maneira “mal administrada”. O principal alvo das críticas é o presidente da Conferência, Alok Sharma, que assumiu também o comando da organização do evento, além do “campeão climático” do governo Boris Johnson, Nigel Topping, principal captador de recursos para financiar a COP. A maior bronca desses patrocinadores é a falta de comunicação sobre o evento, especialmente no que diz respeito aos espaços para exposição e organização de eventos paralelos, além de atrasos na montagem dos pavilhões na green zone.
Os problemas também se acumulam do lado de fora do espaço oficial da COP. O Financial Times destacou o aumento dos preços de hospedagem em Glasgow, o que dificulta a participação de representantes de nações mais pobres na Conferência. Os preços totais para as duas semanas de negociação superam £36 mil, o equivalente a extraordinários R$ 272 mil.
Ainda sobre a COP, o Climate Home abordou uma das principais características das negociações climáticas que pode não ter espaço em Glasgow: o “amontoado” (huddle), quando diplomatas e observadores se reúnem informalmente em torno de mesas e cadeiras para discutir pontos específicos da negociação. No passado, esses “amontoados” foram importantes para destravar conversas e viabilizar acordos. Agora, com a pandemia e as regras de distanciamento definidas pelos organizadores da COP26, dificilmente teremos esse tipo de reunião em Glasgow.
Fonte: ClimaInfo
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