Nos municípios de Lagoa do Barro e São Gonçalo do Gurguéia, ambos no Piauí, estão sendo construídos os maiores parques eólico e solar da América do Sul. Anualmente, as usinas vão evitar a emissão de mais de dois milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
Os empreendimentos são obras da empresa de energia Enel, por meio de sua subsidiária Enel Green Power Brasil (EGP). A companhia já é responsável por algumas das maiores usinas de energia solar do Brasil, sendo uma no Piauí e outra na Bahia.
A Usina São Gonçalo, que começou a ser construída em 2018, foi inaugurada. Com capacidade de geração de 475 MW, a primeira etapa do projeto começou a operar ainda em 2020. Agora, a primeira expansão de 133 MW do parque está sendo finalizada – mantendo a posição de maior usina de energia solar do Brasil e da América do Sul.
Ao alcançar 608 MW, o parque terá capacidade para gerar mais de 1.500 GWh por ano, evitando a emissão, anual, de mais de 860 mil toneladas de CO2.
Além disso, o parque usa módulos solares bifaciais, que capturam energia solar de ambos os lados do painel. Desta forma, aumentam a geração de energia em até 18% enquanto reduzem em 11% a área ocupada pelos painéis.
Já o parque eólico, batizado de Lagoa dos Ventos, terá nada menos que 230 aerogeradores e, em pleno funcionamento, poderá gerar mais de 3,3 TWh por ano. É um feito incrível, que evitará a emissão de mais de 1,6 milhão de toneladas de CO2. Este é o maior projeto eólico da EGP no mundo e a previsão é que entre em operação em 2021.
De acordo com o governo do Piauí, cerca de 70% dos projetos solares da Enel no Brasil – levando em consideração os que ainda estão em construção – estão concentrados no estado. O que revela o grande potencial do Piauí em promover o desenvolvimento sustentável a partir do que tem em abundância: a luz solar.
“Podemos dizer que, no ranking da eólica, o Piauí ocupa o quinto lugar entre os maiores produtores desse tipo de energia no Brasil, ficando atrás apenas da Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul; quanto à energia solar, somos o terceiro, mas somos o estado que mais constrói e que tem o futuro mais promissor na potencialidade para geração dessa energia”, afirma Wilson Brandão, secretário de Estado da Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper).
Brandão ressalta, sobretudo, a possibilidade de geração de novos empregos a partir das obras. A oportunidade também é apontada, de forma mais abrangente, pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Segundo o órgão, as energias renováveis podem gerar 29,5 milhões de empregos até 2030.
Fonte: Ciclo Vivo
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