Países e organismos internacionais defendem transição energética justa, com novas metas globais, reformas financeiras e apoio a nações em desenvolvimento.
17 países assinaram, junto a organismos internacionais, uma carta em defesa da transição energética justa. O documento foi apresentado durante a abertura da Assembleia Geral da ONU e da Climate Week, nesta segunda-feira (22), em Nova York. A iniciativa busca acelerar o uso de fontes renováveis e pautar discussões para a COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro de 2025.

O compromisso prevê triplicar a capacidade global de geração limpa e dobrar a eficiência energética até 2030, com a instalação de 11 terawatts de potência em renováveis. Apesar de avanços recentes, como a expansão dos investimentos em energia solar e eólica, os líderes ressaltaram que persistem fortes desigualdades regionais, sobretudo no acesso a financiamento climático por países africanos e asiáticos.
Como parte das medidas, foi anunciada a criação do Fórum Global de Transições Energéticas, espaço que reunirá governos, bancos, empresas e instituições multilaterais. A proposta é ampliar os investimentos, reduzir riscos e apoiar nações em desenvolvimento na construção de matrizes energéticas mais sustentáveis para promover a transição energética justa.
O texto também aponta para a necessidade de uma revisão na arquitetura financeira internacional, a fim de garantir que compromissos assumidos em cúpulas climáticas sejam convertidos em políticas concretas. Para os signatários, esta década será decisiva para determinar se o mundo avançará em direção a um futuro mais equitativo e resiliente.
Entre os que aderiram à carta estão países como Brasil, Austrália, Bangladesh, Barbados, Canadá, República Democrática do Congo, Noruega, Reino Unido e Uruguai, além da Comissão Europeia, da Agência Internacional de Energia (IEA) e da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).