Torcedores do Corinthians, movimentos sociais e parlamentares: veja quem se mobilizou pelo veto ao PL da Devastação 

Lula sanciona o “PL da Devastação” com 63 vetos; veja as principais mobilizações contrárias à proposta e que antecederam a decisão do presidente.

O presidente Lula sancionou hoje (8) o “PL da Devastação” com 63 vetos, incluindo o fim do autolicenciamento para obras de médio impacto e a exclusão de comunidades tradicionais das decisões. A ordem foi precedida por forte mobilização de diversos grupos pelo veto do projeto de lei. Confira algumas delas. 

Um grupo de torcedores do Corinthians lançou nas redes sociais uma campanha pedindo que o presidente Lula vetasse o PL 2159/2021, enquanto o texto aguardava decisão presidencial. A iniciativa criativa recebeu elogios até de torcedores rivais, que destacaram a consciência social da torcida.

A pressão pelo veto também ganhou força em movimentos sociais como MST, CUT e frentes ambientalistas de nove estados. O MST chamou o projeto de “crime ambiental” e a CUT disse que o veto é crucial para manter a redução no desmatamento.

Entre os mais afetados pelo projeto, os povos indígenas também se mobilizaram. A APIB realizou ações de conscientização e articulação política, enquanto a 4ª Marcha das Mulheres Indígenas, realizada entre 2 e 8 de agosto em frente ao Congresso, reforçou o debate sobre os riscos do PL aos territórios e modos de vida tradicionais.

Apesar dos vetos, organizações como SOS Mata Atlântica e movimentos sociais ressaltam a necessidade de manter a mobilização e a vigilância para que o Congresso, majoritariamente favorável ao projeto, não reverta os vetos no âmbito legislativo.

Imagem de protesto contra o PL da Devastação em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil.

Bruna Akamatsu
Bruna Akamatsu
Bruna Akamatsu é jornalista e mestre em Comunicação. Especialista em jornalismo digital, com experiência em temas relacionados à economia, política e cultura. Atualmente, produz matérias sobre meio ambiente, ciência e desenvolvimento sustentável no portal Brasil Amazônia Agora.

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