Para aproximar veículos de comunicação nacional da rotina produtiva que sustenta a economia do Amazonas, o CIEAM convidou um grupo de jornalistas para fazer a experiência fabril da Zona Franca de Manaus. Frequentemente, lemos reportagens, entrevistas, artigos, acompanhamos debates carregados de opiniões, análises e conclusões apressadas, que não correspondem à realidade deste acertado programa de desenvolvimento regional. Nada melhor do que ver, tocar, sentir, saborear e, assim, poder descrever com mais propriedade e objetividade. Afinal, nada mais há de esclarecedor do que uma boa interlocução.
Confira o texto da acolhida a cargo do presidente do Conselho Superior do Centro da Indústria do Estado do Amazonas
Por Luiz Augusto Barreto Rocha
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Coluna Follow-up
“Sejam bem-vindas e bem-vindos! é uma honra recebê-los no coração da Amazônia, onde funciona a indústria da Zona Franca de Manaus”. E antes de mais nada, quero saudar o nosso anfitrião, presidente da FIEAM, o empresário Antônio Silva, em nome de quem saúdo todos os demais empresários e lideranças presentes. Saudar o general Polsin, em nome de quem cumprimento as demais autoridades federais aqui conosco. E também agradecer a presença das autoridades do governo do Estado, em nome do secretario Ângelus da Sedecti, e da academia registrar e agradecer a presença do reitor da Universidade do estado do Amazonas, André Zogahib – sem esquecer de mencionar que a UEA é integralmente sustentada com recursos provenientes da Indústria da ZFM.
De modo especial, quero saudar a conselheira Régia e o presidente do CIEAM, Lúcio Flávio, em nome do Conselho do CIEAM, grandes lideranças empresariais, que tornaram possível que todos os eventos desta semana ocorressem. Muito especialmente quero agradecer pelas presenças do Eduardo, Guilherme, Hellen, Lucas, Luís Felipe e Marina Amazonas (lindo sobrenome!)…estamos felizes por terem aceito o convite para embarcar nesta viagem simbólica. Espero que as experiências amazônicas sejam inspiradoras para todos vocês!
Nesta semana vocês estão vendo as empresas e as pessoas do Polo Industrial de Manaus, as atividades econômicas locais sustentáveis. e, claro, desejo que apreciem a nossa culinária, nossa cultura e nossas belezas naturais. Particularmente, lhes peço que observem as rostos dos brasileiros e brasileiras que aqui vivem dignamente.
Aqui vocês vão ter a oportunidade de conhecer uma indústria no coração da floresta. Uma economia que nasceu e cresceu referenciada pela ecologia, pelo bioma Amazônia. E que já não consegue produzir de outro jeito. A floresta, para nós, é sagrada, é valor e é necessidade. E ao oferecer 500 mil empregos, entre diretos e indiretos, e conservar 97% da cobertura vegetal do estado, a partir do Polo Industrial de Manaus, podemos afirmar duas certezas: esta indústria é o marco da economia verde no Brasil. E quem quiser destruir a floresta que comece destruindo o Polo Industrial de Manaus.
E mais: os dados da Ciência já nos autorizam dizer aos navegantes que a Zona Franca de Manaus é pioneira do país em descarbonização de seu polo industrial. Ou seja, as emissões de carbono de nossas empresas já possuem método estabelecido para serem neutralizadas pelas florestas protegidas pelas próprias indústrias. A propósito, quero registrar a presença neste evento do pesquisador Niro Higuchi, do INPA, responsável pela fundamentação cientifica do que acabo de afirmar.
Fazemos parte das soluções econômicas de que o Brasil precisa. Geramos mais impostos que consumimos. De 2000 a 2018 foram cerca de 110 bilhões de reais de superávit. Além disto, na indústria verde, a monetização da floresta em pé começa a emergir. E o banco genético da Amazônia – sem precisar derrubar uma só árvore – já tem os ativos necessários à prosperidade nacional.
Reiteramos aqui o nosso compromisso de seguir promovendo a interiorização do desenvolvimento socioeconômico, assim como o incentivo às novas cadeias produtivas, em especial, as associadas à bioeconomia e à biotecnologia.
É imperativo que a região receba investimentos em infraestrutura, para a expansão e o desenvolvimento de transportes fluviais, balizamento de rios, portos, retroportos adequados ao que é produzido, dragagem, derrocagem, modernização e implantação de rodovias e aeroportos regionais, mais acesso à energia e conectividade com a internet. além disso, recursos destinados à educação e à capacitação profissional pelo interior são requisitos fundamentais para atrair novos investimentos.
Como outros setores da economia, a indústria amazonense busca, permanentemente, a competitividade e o resgate da reindustrialização do país, para avançarmos na direção de mais empregos e oportunidades – além dos mais de 500 mil postos de trabalho diretos e indiretos gerados atualmente pela indústria na Zona Franca de Manaus.
Seguindo nessa direção, podemos substituir o tráfico, o desmatamento, o garimpo ilegal e outras atividades ilícitas e criminosas, na geração de renda, com a certeza transparente de que haverá partilha dos benefícios para os povos e comunidades tradicionais – os indígenas, os ribeirinhos, os pescadores artesanais, os seringueiros, dentre outros. Vamos lembrar que temos quase 20 milhões de brasileiros que vivem na região Norte, na nossa Amazônia.
Espero que apreciem a noite, que contará com a apresentação de Celdo Braga, artista extraordinário, que retrata a vida e a cultura amazonense em suas composições. Esperamos proporcionar experiências únicas nesta semana. Muito obrigado!
Esta coluna é publicada às quartas, quintas e sextas feiras, do Jornal do Comércio do Amazonas, sob responsabilidade do e coordenação editorial de Alfredo Lopes, editor do portal Brasil Amazônia Agora e consultor da entidade.
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