Cinco meses após mínima histórica, cheia do rio Madeira inunda comunidades em Rondônia

As autoridades estão fornecendo água potável, hipoclorito de sódio para desinfecção e um bote para auxiliar na locomoção segura das comunidades afetadas pela cheia do Rio Madeira

O Rio Madeira, em Rondônia, atingiu na última quarta-feira (19) a marca de 16 metros, entrando novamente em cota de alerta apenas cinco meses após registrar sua mínima histórica de 19 centímetros, em outubro de 2024, durante o período de seca extrema no Norte do Brasil. Sua rápida elevação já causa alagamentos em 13 comunidades ribeirinhas, com algumas ficando isoladas por terra, segundo a Defesa Civil. Estradas foram submersas, dificultando o acesso ao local.

A cheia do Rio Madeira é causada pelas chuvas intensas nos rios Beni e Madre de Dios, localizados no Peru e na Bolívia, que desaguam no Madeira.

Cinco meses após mínima histórica, cheia do rio Madeira inunda comunidades em Rondônia.
Vista aérea do Rio Madeira | Foto: Wilson Dias/ABr – Agência Brasil/Reprodução

A Defesa Civil prevê que o nível do Rio Madeira continue subindo nos próximos dias. Em resposta à emergência, as autoridades estão fornecendo água potável, hipoclorito de sódio para desinfecção e um bote para auxiliar na locomoção segura das comunidades afetadas.

Além disso, as equipes seguem monitorando as regiões do Alto, Médio e Baixo Madeira e já estão preparando estruturas de acolhimento para eventuais desalojados, reforçando as ações preventivas diante da situação de alerta.

Isadora Noronha Pereira
Isadora Noronha Pereira
Jornalista e estudante de Publicidade com experiência em revista impressa e portais digitais. Atualmente, escreve notícias sobre temas diversos ligados ao meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável no Brasil Amazônia Agora.

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