“Tributos, Assuntos Legislativos e Jurídicos, Segurança, Desenvolvimento e Inovação… as Comissões Setoriais do CIEAM prometem não parar nem reduzir a obstinação para demonstração, em parcerias com a UEA, de que o Polo Industrial da Zona Franca de Manaus é o maior acerto de política fiscal para redução das desigualdades regionais do país e de proteção da Amazônia”.
Por Alfredo Lopes
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Coluna Follow-Up
As Comissões Setoriais da indústria caminham a passos largos na direção de projetos e programas conjuntos de pesquisa desenvolvimento e inovação. Tudo aquilo que o setor produtivo poderia demandar da Universidade do Estado do Amazonas que lhe compete manter à luz de suas necessidades no campo da Ciência, Tecnologia e Inovação. Manaus é uma cidade essencialmente industrial, onde viceja uma planta fabril com alta tecnologia no meio da floresta, gerando 500 mil empregos. E aqui se consolidou uma parceria singular que reúne indústria e floresta em harmonia criativa e de benefícios em reciprocidade.
Essa aproximação começou em 2013, quando os alunos da UEA-EST, Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas, fizeram “greves” e passeatas de protesto contra a falta de professores nas áreas de engenharia, tecnologia da informação e da comunicação comissões. Isso motivou uma Comissão do CIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amazonas a procurar a reitoria da instituição para buscar soluções.
Paulo Cézar Diniz, Edileuza Lobato, Lúcio Flávio Oliveira, Orlem Pinheiro, Jucimar Maia e Antônio Mesquita – Nestes 10 anos muita água rolou sob a ponte e movimentou a geração de energias limpas e promissoras. Hoje, com assento no Conselho Curador da UEA, desde 2020, o cerco das parcerias já começa a se apertar e gerar seus preciosos frutos. A conexão entre a indústria e universidades é crucial para nutrir o progresso sustentável na Amazônia.
É bem verdade que a riqueza natural sem paralelo da Amazônia – passados 70 anos do início das pesquisas no INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – está, finalmente, sendo reconhecida pelo Brasil, e de certa forma, obrigando e incentivando a união entre economia, academia e gestão. Esse alinhamento busca desvendar o potencial amazônico e direcionar o país a um desenvolvimento sustentável, diversificado e alinhado com as demandas nacionais e globais de soluções de segurança alimentar, saúde integral, combate ao aquecimento planetário entre outras bandeiras emergenciais.
É necessário resgatar a importância dos esforços, iniciados pelo CIEAM na aproximação UEA e Universidade de São Paulo, a instituição que mais se destaca em pesquisas atualmente na Amazônia. O Centro da Indústria fez o papel de enzima da colaboração entre USP e UEA, evidenciada por um programa doutoral interinstitucional, com apoio da CAPES/CNPq. O propósito da entidade, que é um desafio de superação da escassez regional e nacional relacionada a gestão de projetos, fez da intenção uma realização. Foram 22 bolsas de Doutorado interinstitucional entre UEA e USP para suprir a lacuna de gestores especializados em Amazônia. Uma gota no oceano das necessidades de elaboração e gestão de projetos.
Passada uma década, é gratificante identificar no portfólio de projetos da UEA-ESO, Escola Superior de Ciências Sociais UEA, denso, diversificado e alinhado com a indústria, com foco no enfrentamento das demandas que inquietam aos gestores do PIM. Já vai longe aquela passeata sob o sol escaldante de Manaus e a sensação única de constatar os avanços não apenas na ESO, como na EST, desfile de opções de qualificação tecnológicas, assim como na área de Saúde, entre outras. Uma instituição que atua numa de vastidão demográfica que engloba todos os 62 municípios do Estado do Amazonas, e se destaca como a maior instituição multicampi do Brasil.
Com a economia concentrada em Manaus, é vital diversificar e regionalizar. O início da parceria com a Faculdade de Economia, Contabilidade e Administração da USP foi celebrado com um Seminário Internacional em 2018, que promoveu discussões sobre compromissos climáticos, energias renováveis, conservação florestal e capacitação profissional – aspectos críticos para o Amazonas considerar na busca por soluções sustentáveis diante dos riscos de desindustrialização.
Hoje, o Amazonas, com a imensidão de sua cobertura vegetal conservada, aponta o novo caminho da manufatura sustentável, tanto pela descarbonização de sua planta fabril, uma iniciativa entregue à Comissão ESG do CIEAM, que começa a desenhar o novo portrait do setor privado da floresta, a interação dinâmica entre governança e os respectivos parâmetros socioambiental.
Ao longo das próximas reflexões estaremos acompanhando e descrevendo os rebentos dessa parceria fecunda entre economia e academia, na Comissão de Logística de Transportes ajustados às peculiaridades e necessidades regionais. O universo dos Recursos Humanos, essencial para viabilizar avanços e conquistas, terá muito destaque e visibilidade. Sem o fator humano nada acontece e tudo padece de sentido.
A Comissão da Competitividade, vital para a consolidação, diversificação, adensamento e interiorização da indústria, terá sua oportunidade de movimentar os conteúdos programáticos da academia, sua transversalidade, visão holística e multidisciplinar. Tributos, Assuntos Legislativos e Jurídicos, Segurança, Desenvolvimento e Inovação…as Comissões Setoriais do CIEAM prometem não parar nem reduzir a dedicação para a demonstração, em parceria com a UEA, de que o Polo Industrial da Zona Franca de Manaus é o maior acerto de política fiscal para redução das desigualdades regionais e proteção da Amazônia.
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