Em um recente levantamento baseado em artigos indexados e publicados entre 2012 e 2021 na base Scopus, da Editora Elsevier, foi revelado que o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) é a terceira instituição, tanto no Brasil quanto no mundo, que mais produz pesquisa científica sobre a Amazônia. O Inpa é precedido apenas pela Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Pará (UFPA).
Das 20 instituições líderes em estudos científicos sobre a Amazônia globalmente, 16 são brasileiras, com seis delas situadas diretamente na região amazônica. Este é um testemunho do compromisso brasileiro com a pesquisa e compreensão de uma das regiões mais biodiversas do mundo.
Antonia Franco, diretora do Inpa, expressou seu orgulho pelo reconhecimento, destacando a competência e dedicação dos pesquisadores, alunos e servidores que tornam possível esse feito notável, especialmente quando os recursos humanos da instituição são comparativamente menores do que os de outras instituições da lista.
O pesquisador do Inpa, Philip Fearnside, apontou para a notável presença brasileira em publicações sobre a Amazônia, com nove das dez instituições mais publicadas sendo do Brasil. A única exceção é o Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) da França, que se posiciona em sétimo lugar.
O estudo foi elaborado por Carlos Henrique de Brito Cruz, vice-presidente sênior de Redes de Pesquisa da Elsevier, e traz à tona a participação predominante do Brasil na produção de conhecimento sobre a Amazônia.
Maria Teresa Piedade, pesquisadora do Inpa e referência nos estudos de áreas alagáveis da Amazônia, enfatizou a importância de tal reconhecimento. Ela atribuiu esse sucesso à perseverança e dedicação da comunidade científica que trabalha na vasta e desafiadora região amazônica.
No que diz respeito às áreas de pesquisa, a maior parte das publicações com autores no Brasil aborda as Ciências da Agricultura e da Biologia, seguida de Ciências Ambientais e, por último, Ciências da Terra e Planetária.
O financiamento dessas investigações científicas tem sido fundamental. As principais agências de financiamento são o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), seguidas por várias fundações estaduais de amparo à pesquisa.
Fearnside sugeriu que a menção do Inpa no ranking, apesar de não ser uma agência de financiamento, pode ser atribuída à maneira como a análise foi conduzida, considerando as fontes de apoio financeiro citadas nos agradecimentos dos trabalhos.
Este reconhecimento não apenas destaca a excelência da pesquisa científica brasileira sobre a Amazônia, mas também ressalta a importância de continuar investindo e apoiando esses esforços em prol do entendimento e preservação de uma das regiões mais cruciais do planeta.
*Com informações GOV.BR
Importante poder aumentar o conhecimento, em função do que acontece na Amazônia, e em qualquer região do Brasil, onde o meio ambiente é notícia. Educação ambiental já! Vamos defender os nossos biomas. Parabéns pelo trabalho.