O IEMA acaba de publicar sua análise da crise hídrica, e o recado não podia ser mais claro: o governo deveria ampliar a base de renováveis e a complementar por meio do armazenamento de energia nos reservatórios, em baterias e via geração e estocagem de hidrogênio. Este conjunto de medidas seria fundamental para se chegar a uma matriz elétrica sem emissões. O que o governo faz, ao acionar todas as térmicas e criar as condições para o surgimento de novas, é aumentar o consumo de água, poluir o ar não muito limpo das grandes cidades e aumentar o aquecimento global – que, afinal, é uma das causas desta seca histórica. A EcoDebate comentou o trabalho.
Esse pensar contra as renováveis vem de há muito. Carla Araújo, no UOL, lembrou do cancelamento de um leilão de renováveis em 2016. Na época, um trabalho da EPE, que cuida do planejamento energético do país, previa uma sobreoferta de eletricidade em 2021.
Ainda ontem, as plantas fotovoltaicas superaram em capacidade as usinas a carvão. A notícia é do Valor, lembrando que esse novo recorde não inclui as placas em tetos de residências e comércio. Só inclui as grandes centrais fotovoltaicas.
A BNAmericas, braço de comunicação de uma empresa de investimentos norte-americana, publicou uma matéria sobre o governo brasileiro estar reconsiderando construir hidrelétricas com grandes reservatórios e expandir a geração nuclear. Um prato cheio de lucros para grandes investidores. A conta, como se sabe, é paga pelos pequenos consumidores.
Uma matéria do Poder 360 conta que, em julho, a geração das hidrelétricas foi a mais baixa de todos os julhos passados e bem próxima da mais baixa já registrada – no último mês do apagão de 2001. Em compensação, nunca se queimou tanto combustível fóssil em térmicas.
Enquanto isso, o nível das represas segue baixando. Ontem, o nível das represas do sistema Sudeste/Centro-Oeste estava em 18,4%. E o de Ilha Solteira chegou a zero.
Fonte: ClimaInfo
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