“Uma novidade dos últimos quatro anos é a expansão vertiginosa do crime organizado para o interior do bioma amazônico. Hoje a floresta é o grande palco da disputa entre o PCC e o Comando Vermelho (CV). As facções estão fazendo a gestão da ilegalidade na Amazônia, seja no garimpo, seja na grilagem, seja no corte de madeira, seja no controle das rotas do tráfico de drogas para a Europa. Comunidades ribeirinhas e indígenas estão sendo cooptadas. O dia a dia de inúmeras cidades pequenas já depende do crime. Não deixa de ser um projeto de desenvolvimento, o modelo político-administrativo da Baixada Fluminense transplantado para a Amazônia. Tudo considerado – do apoio a grileiros, desmatadores e garimpeiros ao desmonte das agências de vigilância como o Ibama –, não seria errado chamá-lo Programa de Aceleração do Crime. Aproveita-se assim a sigla consagrada”. Texto extraído da revista Piauí 25/03/2022, de autoria de João Moreira Sales. Clique aqui
Rastros da destruição: A tragédia Yanomami na Amazônia


Alfredo Lopes
Alfredo é consultor ambiental, filósofo, escritor e editor-geral do portal BrasilAmazôniaAgora
Artigos Relacionados
Transição Energética
Congresso derruba veto e mantém benefícios a pequenos geradores de energia renovável por mais 20 anos
A nova lei estabelece diretrizes para a geração offshore (em alto mar) no Brasil, incentivando o uso de fonte de energia renovável, como a eólica e a solar.
Amazônia
Greenwashing, ESG e a Amazônia Industrial: hora de liderar com integridade
"A Amazônia Industrial não pode mais ser refém do silêncio ou...
Amazônia
Economia regenerativa: um novo caminho para o Amazonas
"61 municípios do interior do Amazonas poderão ter como...
Ciência
Veneno que cura? Toxina de escorpião da Amazônia combate células do câncer de mama
O estudo identificou na toxina do escorpião da Amazônia uma molécula com ação eficaz contra células de câncer de mama, apresentando resultados comparáveis aos de um quimioterápico tradicional.
Bioeconomia
Estudante brasileiro cria produto biodegradável para substituir isopor com resíduos de mandioca e araucária
As novas bandejas feitas com resíduos de mandioca se destacam por sua rápida degradação: levam apenas um mês para desaparecer completamente na natureza