O investimento é voltado para fomentar negócios indígenas inovadores e com potencial de sucesso no mercado, dentro de categorias diversas
A Chamada Elos da Amazônia 2024 – Edição Empreendedorismo Científico Indígena, iniciativa do Idesam, INDT e EMBRAPII, prorrogou as inscrições até 7 de fevereiro. O edital oferece um investimento de R$ 2 milhões para fomentar o empreendedorismo indígena e busca apoiar startups lideradas por indígenas que desenvolvam tecnologias inovadoras a partir da biodiversidade amazônica, contemplando desde iniciativas em fase de pesquisa até negócios já estruturados.
Cada startup selecionada receberá R$ 1 milhão, dividido em R$ 500 mil via PPBio (Programa Prioritário de Bioeconomia) para aceleração do negócio e R$ 500 mil para o desenvolvimento de um projeto tecnológico executado pelo INDT (Instituto de Desenvolvimento Tecnológico). Além disso, os projetos poderão contar com um acréscimo de até R$ 500 mil via EMBRAPII (Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), fortalecendo a validação e expansão das tecnologias desenvolvidas.
‘’Decidimos pela prorrogação para que as pessoas tenham essa oportunidade agora um pouco mais extensa para conseguir se inscrever e concorrer a esse investimento de R$ 1 milhão. Como lançamos o edital no final de dezembro, após o período de festas começamos a ter uma boa procura e interesse desses negócios’’, explica o líder de Inovação em Bioeconomia do Idesam, Paulo Simonetti.
Fases do programa
Após o encerramento das inscrições em 7 de fevereiro, a Chamada Elos da Amazônia seguirá para a fase de triagem eliminatória, seguida por uma triagem classificatória. A lista dos negócios indígenas selecionados para a rodada de pitch será divulgada em 14 de fevereiro, e as apresentações ocorrerão em 18 de fevereiro. Após a avaliação final pela banca especializada, a divulgação dos projetos escolhidos para receber o investimento está prevista para 20 de fevereiro.
A banca avaliadora dos participantes será composta por especialistas com atuação reconhecida nas áreas de Tecnologia, Empreendedorismo, Questões Indígenas (incluindo indigenistas ou, preferencialmente, indígenas) e Desenvolvimento Sustentável. O objetivo é garantir uma seleção criteriosa dos projetos, avaliando seu potencial de impacto e inovação dentro do contexto da premiação.
Negócios indígenas devem ser inovadores e sustentáveis
O edital apoia iniciativas nos setores de alimentos e cosméticos, desenvolvimento de processos ou equipamentos para bioeconomia, além da criação de materiais aplicáveis em diversos mercados, como moda e construção civil. Os negócios indígenas devem demonstrar inovação tecnológica com potencial de sucesso no mercado.
‘’A gente percebe que as regiões mais vulneráveis no interior da Amazônia são os espaços onde as cadeias ilegais como o desmatamento e a mineração ganham força. Então, no momento que a gente consegue gerar renda de maneira sustentável os dados indicam que a gente consegue de fato combater essas atividades ilegais’’, completa Simonetti.