Ministério da Saúde recebe R$ 17 Bilhões de recursos não utilizados na pandemia de Covid-19

Após a regulamentação da Emenda Constitucional nº 132/2023, recursos parados desde a pandemia serão investidos no SUS, com destaque para a ampliação de ações contra a Dengue e a otimização da liberação de verbas para emergências sanitárias nos municípios brasileiros.

Os fundos que não foram empregados durante a crise sanitária provocada pela Covid-19, abrangendo o intervalo de 2020 a 2022, agora podem ser redirecionados para diferentes iniciativas de saúde nos estados e municípios do Brasil. Essa atualização foi divulgada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira, 12, enquanto a nova diretriz foi oficializada através de uma publicação em edição extra do Diário Oficial da União, na sexta-feira anterior, dia 9.

Ministério da Saúde recebe R$ 17 Bilhões de recursos não utilizados na pandemia de Covid-19
Área onde estão enterradas as vítimas da Covid-19 em Manaus – foto: Bruno Kelly Amazônia Real

Esta nova diretriz vem em conformidade com a Emenda Constitucional nº 132/2023, facilitando a realocação do excedente financeiro para melhorar os serviços e facilitar o acesso dos cidadãos ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde projeta que cerca de R$ 17 bilhões que estavam imobilizados agora possam ser utilizados em novas finalidades até o término do ano corrente, destinando-se tanto ao custeio quanto ao investimento no setor de saúde em território nacional.

Estratégias contra a dengue

Recentemente, o ministério também revelou o aumento dos fundos destinados às estratégias de combate ao Aedes aegypti, alcançando o valor de R$ 1,5 bilhão. Adicionalmente, foi melhorado o processo de liberação de verbas para os estados e municípios que proclamarem estado de emergência sanitária, seja por dengue, outras arboviroses, ou quaisquer outras crises de saúde pública.

mosquitos aedes aegypti dengue foto Reuters Paulo Whitaker
Mosquitos de Aedes aegypti são vistos no laboratório da Oxitec em Campinas

No dia 8, quinta-feira, teve início o processo de envio de vacinas contra a dengue para os municípios que se enquadram nos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, em colaboração com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O Distrito Federal foi a primeira localidade a disponibilizar a vacinação.

De acordo com o Ministério da Saúde, “essa é uma estratégia que permite que mais municípios possam receber as doses nesse primeiro momento, uma vez que essa faixa etária tem maior índices de hospitalização por dengue dentro do público-alvo da vacina, de 10 a 14 anos.”

O primeiro lote, contendo 712 mil doses, foi destinado a 315 municípios localizados nos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No estado do Maranhão, conforme divulgado pelo site g1, a chegada da primeira remessa das vacinas ocorreu nesta segunda-feira, 12. Serão distribuídas, no total, 40.610 doses da vacina Qdenga para as cidades de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Alcântara.

O Ministério da Saúde informou que esta distribuição inicial aos estados considerados prioritários cobre 60% dos 521 municípios selecionados, com a expectativa de que os municípios restantes recebam as doses até a primeira metade de março.

Com informações da Agência Brasil

Redação BAA
Redação BAA
Redação do portal BrasilAmazôniaAgora

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