A exploração de petróleo na Foz do Amazonas, parte da Margem Equatorial, é polêmica e criticada por ambientalistas por seus possíveis danos ambientais
Em declaração feita no Fórum Brasil de Energia, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira (4) que a estatal já respondeu a todas as exigências do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, parte da região denominada Margem Equatorial. Segundo ela, a Petrobras entregou um relatório em novembro de 2024 atendendo todas as demandas do órgão ambiental.
“Estamos construindo o centro de reabilitação da fauna no Oiapoque, que deve ficar pronto agora em março”, disse Chambriard. “Todas as respostas às demandas estão no relatório que entregamos no dia 27 de novembro e agora estamos aguardando a avaliação do Ibama sobre o material.”
De acordo com a CNN, estima-se que as potenciais reservas de petróleo da Equatorial, na ponta norte do país, possam conter de 10 bilhões a 30 bilhões de barris. Entretanto, no mês de outubro, o projeto da Petrobras para a exploração de petróleo havia sido rejeitado por apresentar falhas em medidas eficazes para mitigar perda de biodiversidade em caso de vazamentos.

A Bacia da Foz do Amazonas abrange uma faixa do território marítimo que vai da fronteira do Amapá com a Guiana Francesa até a Baía do Marajó, no Pará. Nessa região, está localizado o bloco exploratório de petróleo e gás natural FZA-M-59, que faz parte da Margem Equatorial, composta por cinco bacias sedimentares: Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará, Potiguar e Foz do Amazonas.
A Petrobras possui 16 poços nessa nova fronteira exploratória, mas, até o momento, tem autorização do Ibama para perfurar apenas dois, localizados na costa do Rio Grande do Norte.
Atualmente, o Ibama avalia as informações complementares fornecidas pela Petrobras para permitir ou não a nova licença de exploração.

Desde o início das atividades na década de 1970, foram perfurados 95 poços petrolíferos no local, mas apenas uma descoberta comercial de gás natural foi registrada. A maioria dos projetos foi abandonada devido a dificuldades operacionais, atribuídas à tecnologia limitada da época.