Na semana em que a Amazônia bateu mais um recorde histórico de desmatamento, e o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, anunciou um corte de 15% em seu orçamento, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou que o Amazônia 1, o mais novo satélite brasileiro, está finalmente em vias de conclusão.
Este será o primeiro satélite de observação terrestre totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Depois de oito anos de pesquisa e desenvolvimento, o satélite já está nos preparativos finais antes de ser colocado, de fato, em órbita. O lançamento está previsto para acontecer na Índia, mas apenas no ano que vem, em fevereiro.
O Amazônia 1 será mais um satélite, entre brasileiros e estrangeiros, a serem desenvolvidos visando o monitoramento ambiental. Por mais que este tenha a capacidade de observação da integridade do território nacional, seu principal ofício será no monitoramento da região amazônica. Passando por cima do Brasil, com cerca de 752 quilômetros de altitude, por até 14 vezes ao dia. Contando com tecnologia para fotos em alta definição.
“O Amazônia (1) sozinho pode fornecer uma imagem de um mesmo local a cada cinco dias em condições normais. E pode fornecer imagem sob demanda a cada dois dias”, explicou o responsável pela Missão Amazônia, Adenilson Roberto da Silva.
Tal propriedade da máquina se mostra ótima para um bom monitoramento do floresta amazônica devido ao grande volume de nuvens que sobrevoam a região. Podendo ter um alto poder de detalhamento na geração de dados e imagens.
Ao ser dado início ao funcionamento, o Amazônia 1 se juntará a outros dois satélites já em funcionamento que formam o Sistema Deter, que trabalha em complementariedade com o Prodes – projeto responsável pela última divulgação de dados alarmantes sobre o desmatamento ilegal.
Comentários