Com base em Manaus, o IBBI desenvolve soluções que unem robótica e biotecnologia para transformar frutos amazônicos em insumos sustentáveis de alto valor.
O Instituto Brasileiro de Biotecnologia e Inovação (IBBI), com sede em Manaus, está consolidando uma estratégia que une automação industrial e biotecnologia para impulsionar a cadeia de valor de insumos da Amazônia. A instituição desenvolve soluções que vão desde robôs colaborativos até tecnologias para acelerar a maturação de frutos como o tucumã.
Criado em 2007 e credenciado pelo Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (Capda), a instituição nasceu com o nome de Instituto Ambiental e Tecnológico da Amazônia. A mudança de identidade refletiu a transição para um foco mais alinhado à inovação e sustentabilidade regional.
Com mais de 15 anos de experiência em automação, o IBBI passou a aplicar sua expertise em software e engenharia para responder aos desafios da bioeconomia amazônica. “Temos uma base sólida em automação industrial e estamos levando essa expertise para a biotecnologia, buscando soluções que façam sentido dentro da realidade amazônica”, afirma Davidson Moura, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento.
Um dos projetos em destaque é o uso de biotecnologia para reduzir o tempo de amadurecimento do tucumã, otimizando o aproveitamento de seus compostos naturais. A ideia é transformar frutos e óleos regionais em insumos com maior valor agregado.
No setor industrial, o IBBI também atua com automação de processos produtivos, substituindo etapas manuais por sistemas robotizados. A equipe desenvolve projetos completos, da modelagem 3D à entrega de soluções com braços robóticos de seis eixos e robôs colaborativos que operam junto a humanos. Embora parte das iniciativas esteja sob sigilo contratual, o instituto já acumula experiências bem-sucedidas de integração tecnológica na região Norte.