“Sim, há desafios. Mas é na superação deles que se revela a resiliência amazônica — viva, produtiva e comprometida com o desenvolvimento sustentável”
Em um país onde a indústria cambaleia, a Zona Franca de Manaus segue em marcha firme. Os números não mentem: enquanto o setor industrial nacional patina entre incertezas e retrações, o Polo Industrial de Manaus sustenta uma trajetória de crescimento sólido, diversificado e sustentável, que o coloca como um dos raros exemplos de vitalidade econômica e produtiva no Brasil.
Desde 2019, a curva de projetos aprovados e de geração de empregos voltou a subir, contrariando as previsões de esvaziamento que há décadas tentam se impor como profecias autocumpridas.
Mas a Amazônia — e o modelo que a sustenta — sempre tiveram o dom de sobreviver ao descrédito. Por trás dessa resiliência, há lideranças empresariais e políticas que não se renderam ao pessimismo, que souberam articular com serenidade e coragem a continuidade dos investimentos, a modernização tecnológica e a consolidação de um pacto social em torno da economia legal da floresta.
O Polo Industrial de Manaus é, hoje, o retrato da capacidade de reinvenção da indústria brasileira quando há visão estratégica, estabilidade institucional e coerência de propósito. Num cenário em que fábricas fecham e empregos evaporam no Sudeste, o Amazonas mostra ao país que é possível crescer produzindo, empregar preservando e inovar sustentando.
Há quem ainda repita o velho discurso da dependência fiscal. Mas a verdade está nos resultados: a Zona Franca continua a devolver à União, em tributos, muito mais do que recebe em incentivos— e, de quebra, mantém viva uma economia que protege milhões de hectares de floresta e milhares de famílias.
O gráfico recente com os dados da Suframa é apresentado pelo CODAM nesta semana, com a curva ascendente de projetos até 2025, é mais do que uma estatística: é um símbolo de resistência produtiva e de esperança política.
Enquanto o país se debate com seus impasses, a Zona Franca de Manaus responde com trabalho, inovação e resultados.
E talvez seja por isso que o povo, com seu humor sábio, diga que “estamos reclamando de barriga cheia”. Porque, em tempos de escassez nacional, a Amazônia segue sendo o Brasil que produz, o Brasil que respira e o Brasil que insiste em dar certo.