A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) conta com o empenho e apoio das autoridades federais, estaduais e municipais para mitigar os graves problemas causados pela intensidade da estiagem a qual atravessamos, e está à disposição para colaborar no que for possível na construção das soluções conjuntas para minimizar os impactos da seca na economia do estado e, por conseguinte, na vida da população amazonense.
Por Antonio Silva
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Cinquenta e cinco municípios estão sendo diretamente afetados pelas intempéries climáticas, dos quais 17 estão em situação crítica e trinta e oito em estado de alerta.
O Governo do Estado do Amazonas publicou no dia 29/09 o Decreto 48.167, que declarou situação de emergência no estado, após considerar os dados climáticos que demonstram um aprofundamento do El Niño sobre a região, atrasando o período chuvoso e impactando diretamente na duração e intensidade da estiagem, com potencial para superar outros desastres históricos.
Além dos possíveis entraves na locomoção de pedestres e de cargas, a possibilidade de desabastecimento é realidade e, nesse cenário, a indústria amazonense está entre os setores que terão sérios prejuízos, com riscos graves no recebimento de matéria-prima, componentes e insumos utilizados para a produção, o que pode ocasionar paralisação de linhas de produtos, aumento dos custos e ociosidade da mão de obra, sem contar os prejuízos ao escoamento do que é fabricado aqui.
Segundo previsões do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa/Subcomadec), a estiagem na região deve ser prolongada pelos próximos meses, estimando-se que possa estender-se até janeiro de 2024, conforme o prognóstico meteorológico, atrasando o início da estação de chuvas, que deveria começar a partir de outubro.
O abastecimento de produtos básicos demandados pela população amazonense pode se tornar delicado. Toda a economia do estado também está sendo afetada com os consequentes problemas advindos da vazante dos rios da Bacia Amazônica, que apresentam níveis muito baixos, com acentuada diminuição do volume de água, impactando a navegação de navios e aumentando os custos de logística em função de restrições de calado.
Diante desse cenário alarmante, as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) estão preocupadas com a possibilidade de não conseguirem cumprir os prazos de entrega dos produtos encomendados para as festas de final de ano, pois – segundo projeções da Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) – mais de 60% dessas cargas podem ter seu transporte inviabilizado no último trimestre deste ano.
A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM) conta com o empenho e apoio das autoridades federais, estaduais e municipais para mitigar os graves problemas causados pela intensidade da estiagem a qual atravessamos, e está à disposição para colaborar no que for possível na construção das soluções conjuntas para minimizar os impactos da seca na economia do estado e, por conseguinte, na vida da população amazonense.
Antônio Silva é administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.
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