O objetivo do programa é fomentar soluções sustentáveis da bioeconomia na Amazônia que utilizem de forma criativa e produtiva a biodiversidade, gerem renda local e promovam inclusão produtiva
O Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), idealizado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), está com edital aberto para selecionar startups com projetos de bioeconomia voltados à região amazônica. A iniciativa disponibiliza um total de R$ 25 milhões em investimentos, com aportes individuais que variam entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões. A expectativa é contemplar até 10 propostas inovadoras.
O objetivo do programa é fomentar soluções sustentáveis que utilizem de forma criativa e produtiva a biodiversidade amazônica, gerem renda local e promovam inclusão produtiva. Os investimentos visam incentivar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação (PD&I) nas empresas do Polo Industrial de Manaus, fortalecendo o ecossistema da bioeconomia e impulsionando novos produtos, serviços e modelos de negócios com impacto ambiental e social positivo.

“Vamos apoiar projetos que já estão operando para que eles cresçam e ganhem escala”, diz Carlos Gabriel Koury, diretor técnico do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), que coordena o programa.
Quem pode participar do edital?
Para receberem investimento do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), os negócios devem atuar em áreas estratégicas voltadas à sustentabilidade e inovação na Amazônia. As atividades elegíveis incluem biotecnologia e ciências avançadas, como biologia sintética, engenharia metabólica, nanobiotecnologia, biomimética e bioinformática, que proporcionam soluções inovadoras baseadas em processos biológicos.
Também são contemplados o desenvolvimento de processos, produtos e serviços aplicáveis aos diversos setores da bioeconomia, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais. Além disso, o programa apoia tecnologias de suporte aos sistemas produtivos regionais ambientalmente saudáveis, e tecnologias voltadas à biorremediação, tratamento e reaproveitamento de resíduos, fundamentais para a sustentabilidade e para o fortalecimento de cadeias produtivas locais.

“Essa conexão pode ser no produto final ou em uma atividade meio. Por exemplo: um projeto de bateria ou de placa solar, por si só, não é elegível. Mas se for para instalar em uma comunidade que não tenha energia para desenvolver alguma atividade da bioeconomia, eventualmente pode se enquadrar”, explica Átila Denys em matéria do Reset-Uol. Denys é fundador da Axcell, gestora de investimentos com foco em negócios de impacto na Amazônia, que vai auxiliar na seleção e fazer a aceleração dos projetos.
O PPBio vai contemplar projetos na Amazônia Ocidental (que abrange os Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima) e do Amapá. As startups interessadas têm até o dia 29 de julho para enviarem suas propostas por meio do formulário disponível no site da Axcell.