No Carnaval 2024, o Salgueiro presta homenagem aos indígenas Yanomami, abordando a mitologia e a luta pela preservação da Amazônia com o enredo “Hutukara”.
O Salgueiro, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro, escolheu os Yanomami como tema de seu desfile no carnaval de 2024. A agremiação, conhecida por suas cores Vermelha e Branca e localizada na Tijuca, tem o objetivo de colocar em destaque as culturas dos povos nativos do Brasil.
“Hutukara”
O desfile, sob o título “Hutukara” – que se traduz do idioma yanomami como “o céu original a partir do qual se formou a terra” –, visa celebrar a rica mitologia Yanomami e promover a conscientização sobre a preservação da Amazônia.
“É muito importante o significado da palavra Hatukara que fala que nós sobrevivemos, nós estamos vivos, estamos aqui. E hoje falar dessa essência tão forte, que dá origem ao nosso povo, não é semente falar de carnaval, é falar sobre quem nós somos, da onde viemos e como chegamos até aqui. Muitas das vezes, chegamos com uma dívida enorme com esse povo que é o verdadeiro dono dessa terra”, disse Edson Pereira, o carnavalesco responsável pelo enredo.
Reflexão ambiental e social
Pedro Ribeiro, biólogo e membro do escola de samba, destaca a importância de trazer para a avenida temas urgentes como o aquecimento global e o desmatamento, apontando os efeitos dessas questões sobre os povos indígenas.
“É mais do que um enredo, é uma grande pauta e uma grande causa (…) Essa é uma questão atual que a gente ta vivendo, como o aquecimento global. A gente esta vendo essa consequência direta da ação do homem nesse ambiente né”, afirmou Ribeiro.
O impacto da mensagem
Edson Pereira, o carnavalesco, acredita no poder da festa como uma plataforma para disseminar mensagens importantes para além das fronteiras do Brasil, alcançando um público global.
“A partir que temos um grande público expectador no Sambódromo, e os telespectadores pela televisão, e tem pessoas assistindo no mundo inteiro. Então essa mensagem tem esse potencial de avançar e sair do nosso desfile e poder tocar as pessoas em diferentes partes do mundo”, enfatizou Pereira.
Confira a letra:
Com informações do G1
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