Nesta entrevista exclusiva ao portal Brasil Amazônia Agora, do qual é um dos fundadores, o professor Jacques Marcovitch — referência nacional e internacional em governança, sustentabilidade e políticas públicas — compartilha reflexões urgentes e estruturadas sobre o papel das universidades e instituições de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, no desenvolvimento de uma bioeconomia sólida, justa e conectada com as necessidades amazônicas.
Ao abordar desde os desafios da transferência de conhecimento até a articulação com o setor produtivo e o enfrentamento do crime ambiental, Marcovitch propõe uma agenda estratégica para transformar a riqueza da biodiversidade em bem-estar local e compromisso planetário.
"Quem lidera as pesquisas sobre o tambaqui é a Embrapa de Tocantins, em parceria com uma iniciativa europeia de estudos em aquicultura, de orçamento ínfimo diante das verbas de P&D das gigantes da bolsa norte-americana. Ao atrair para a Amazônia parte dos orçamentos de P&D das grandes multinacionais de biotecnologia, pesquisas como a do Aldessandro serão rotina, permitindo aos amazônidas enriquecerem tanto na margem quanto no volume, por cadeias produtivas que hoje sequer imaginamos."
Durante a 2ª Jornada de Integração em Rondônia, no IFRO, serão discutidos novos projetos sob o Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), incluindo um inovador sistema de créditos de carbono e uma plataforma digital para monitoramento de árvores.
Pesquisa revela que apenas 10% do orçamento federal para estudos em biodiversidade no Brasil é destinado à Amazônia, destacando uma grande desigualdade no financiamento de pesquisas na região mais biodiversa do planeta.
Inovação da Be8 demonstra que o país já dispõe de soluções imediatas, maduras e competitivas para descarbonizar o transporte pesado — um dos setores mais emissores da economia global.