Embora a arara da Amazônia aparentasse estar bem cuidada, foi constatado que suas asas haviam sido cortadas, impedindo seu voo natural, o que é considerado maus-tratos na legislação brasileira
Uma arara da Amazônia mantida ilegalmente em cativeiro foi resgatada em uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Ibama, realizada nesta quarta-feira (7) em uma residência na cidade de Macapá (AP). Embora o animal aparentasse estar bem cuidado, foi constatado que suas asas haviam sido cortadas, impedindo seu voo natural — um ato que, de acordo com a legislação ambiental brasileira, caracteriza maus-tratos.
A operação faz parte dos esforços das autoridades para combater o tráfico e a manutenção ilegal de fauna silvestre, prática que coloca em risco espécies ameaçadas e compromete a biodiversidade.

Segundo o g1, o homem identificado como responsável pelo cativeiro ilegal da arara foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Ele foi ouvido pelas autoridades e, após se comprometer a comparecer em juízo quando solicitado, foi liberado. O procedimento adotado segue o previsto para crimes de menor potencial ofensivo, como é o caso da manutenção irregular de animais silvestres.
A arara resgatada foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde será submetida a avaliação veterinária, receberá os cuidados necessários e, dependendo de sua recuperação, poderá ser encaminhada a um santuário, centro de reabilitação ou soltura controlada. Como teve as asas cortadas, o processo de reabilitação poderá ser longo ou até permanente, caso o voo não possa ser restaurado.