Yara Amazônia Lins: a mulher que ressignifica o poder em favor da cidadania

“Yara Amazônia personifica um poder que não intimida, mas inspira; que não se impõe, mas dialoga; que não se isola, mas acolhe”

No Amazonas, onde as tensões entre modernização e desigualdade desafiam diariamente a ação pública, a recondução de Yara Amazônia Lins para um terceiro mandato histórico à frente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) representa mais que um gesto administrativo: é um marco que inaugura um novo paradigma.

É a confirmação de que uma mulher amazônida, forjada dentro das instituições e sensível à vida real do cidadão, está reorganizando — na prática — as coordenadas do poder no Estado.

Diante de um auditório lotado com mais de 800 pessoas, salas especiais na Escola de Contas Públicas e milhares de espectadores nas plataformas digitais, a presidente tomou posse no último dia 1º cercada por simbolismo, história e expectativas.

Ao ser reconduzida pelos seus pares, Yara Amazônia Lins não apenas reafirma o próprio protagonismo: revela que a confiança, quando cultivada com humildade, técnica e escuta, se converte em autoridade moral e legitimidade social.


O governador Wilson Lima, ao reconhecer o momento “singular” da história política do Estado, sintetizou o que se tornou evidente:

1- A presença de Yara no comando do TCE-AM transcende a questão de gênero.

2 -Sua liderança simboliza o avanço institucional, o fortalecimento do controle democrático e o amadurecimento de uma cultura pública que precisa, cada vez mais, de referências éticas — especialmente em um tempo marcado por polarizações, fake news e descrédito nas instituições.

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O que está implícito nessa frase é o que sua trajetória confirma: humildade não é submissão; é método. Coragem não é bravata; é compromisso. Poder, para Yara, é serviço.


A história de Yara se confunde com a evolução do próprio Tribunal de Contas.

Cinco décadas de TCE-AM fazem de Yara uma espécie de memória viva da instituição, alguém que testemunhou a transição da máquina analógica para o tribunal digital, da lógica cartorial para o controle responsivo, da postura meramente punitiva para o caráter pedagógico e orientador.

É por isso que sua presença no comando reconfigura o sentido do poder público: de autoridade distante para serviço presente; de verticalidade para cooperação; de burocracia opaca para transparência cidadã.


A mulher que reorienta a cultura pública

A trajetória de Yara representa um divisor de águas para o Amazonas, porque a mulher que chega ao topo rompe a lógica da exceção.

Ela não é um caso isolado: tornou-se referência e precedente.

Sua recondução abre caminho para novas lideranças femininas nas instituições; redistribui simbolicamente o espaço de poder, antes monopolizado por homens; mostra que competência, ética e entrega são mais fortes que os velhos filtros sociais.

Em uma região historicamente tensionada entre práticas coronelistas e renovação democrática, Yara simboliza a transição para um poder mais maduro, mais sensível e mais comprometido com quem realmente importa: o cidadão.

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Cerimônia de posse ocorreu nesta segunda-feira, 1° (Filipe Jazz e Joel Arthus/Dicom TCE-AM)

Os discursos de autoridades como Júlio Pinheiro, Josué Cláudio, Mario de Mello e João Barroso convergiram para um mesmo ponto:

o TCE-AM mudou — e mudou sob liderança de Yara Amazônia Lins.

Nos últimos anos:

Essa inflexão modernizadora não é apenas técnica: é política, social e humanista. Yara recolocou o Tribunal no centro da vida pública — não para dominar, mas para orientar, educar e incluir.


Poder com propósito: o controle externo que respeita e acolhe

Quando Yara afirma que “administrar é servir”, ela dá nome ao que já é prática:

um controle externo que não enxerga gestores como inimigos, servidores como números e cidadãos como estatísticas. É o controle que educa, não apenas pune. Que acompanha, não apenas fiscaliza. Que escuta, não apenas determina.

Isso ressignifica o poder porque quebra a lógica autoritária ainda presente na cultura brasileira: a lógica de que poder é imposição, medo e hierarquia.


Amazônia precisa desse tipo de poder

Em um Estado com desigualdades profundas, conflitos fundiários, criminalidade ambiental, baixa capacidade municipal e desafios enormes em saúde, educação e infraestrutura, a atuação do Tribunal é determinante.

E Yara Amazônia Lins compreende esse contexto não apenas pela técnica — mas pela vida. Ela simboliza a Amazônia que resiste, que se reinventa e que protege suas instituições como quem protege sua casa.

Por isso, sua recondução é lida, em muitos círculos, como um compromisso com um novo tempo: um tempo de mais transparência, mais inclusão, mais cidadania e mais responsabilidade pública.


Para onde aponta o futuro?

Ao projetar o próximo biênio, Yara definiu bases claras:

Seu ideal de gestão indica que o poder público precisa ser não apenas eficiente, mas decente, empático e transformador.

E isso é, no fim das contas, o que sua trajetória ensina:


A posse de Yara Amazônia Lins é mais que um rito institucional. É um ato de ressignificação histórica.

Sua trajetória — da jovem taquígrafa à presidente reeleita pela terceira vez — espelha aquilo que a Amazônia tem de mais precioso: resiliência, vocação pública, capacidade de sonhar e compromisso com a coletividade.

Yara personifica um poder que não intimida, mas inspira; que não se impõe, mas dialoga; que não se isola, mas acolhe.

E é por isso que sua liderança inaugura um novo tempo para o Amazonas — um tempo em que a cidadania volta a ser o centro de gravidade do Estado, e em que a presença feminina deixa de ser exceção para se tornar referência, legado e horizonte.

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