O Portal BrasilAmazôniaAgora apresenta entrevista com Vania Thaumaturgo, destacada líder no setor tecnológico da Amazônia, para falar sobre o lançamento da terceira edição da ExpoAmazônia Bio&TIC 2024, principal evento de tecnologia e negócios sustentáveis da Região Norte. Com a recente renovação da Lei da Informática para até 2074, buscamos entender melhor as implicações desta medida para as empresas locais, no contexto do desenvolvimento regional e na ampliação de negócios de impacto na Amazônia.
BAA Entrevista
Inovação e Tecnologia com Floresta em pé! A terceira edição do evento ocorrerá de 5 a 7 de novembro no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus. Consolidada como uma plataforma de reconhecimento nacional e internacional de apresentação de produtos e serviços, desde sua primeira edição em 2022, a ExpoAmazônia Bio&TIC tem fortalecido os polos de Bioeconomia e de Tecnologia da Informação e Comunicação como vetores que promovem o desenvolvimento socioeconômico e sustentável da Amazônia.
Na entrevista, investimentos em P&D, educação e capacitação foram temas centrais abordados por Vania, que acredita no potencial da região para se tornar um centro de excelência em bioeconomia alinhada com TIC. Ela também discute iniciativas que estão ajudando a superar desafios e a promover o desenvolvimento tecnológico na Amazônia.
Mais uma vez, Vania Thaumaturgo nos presenteou com uma visão abrangente, oxigenada e original do futuro da Amazônia. Acompanhe a entrevista realizada pelo editor-geral do portal BAA, Alfredo Lopes, para descobrir mais sobre o evento e como a integração destes setores pode beneficiar a região, criando empregos e promovendo sustentabilidade.
Portal BrasilAmazôniaAgora – Vânia, estamos na semana de lançamento da ExpoAmazônia Bio&TIC 2024, em sua terceira edição, e um mês após o anúncio da renovação da Lei da Informática até 2074. Gostaríamos de saber sua opinião sobre a renovação e quais as implicações para as empresas de Bioeconomia e Tecnologia da Informação e Comunicação na Amazônia. Quais são as principais vantagens dessa renovação para a região?
Vania Thaumaturgo: A renovação da Lei de Informática até 2074 é uma iniciativa estratégica que traz inúmeras vantagens para a Amazônia. Primeiramente, ela oferece uma base estável de incentivos fiscais e investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), o que é algo muito importante e decisivo para atrair empresas de tecnologia para a região. E que se torna ainda mais importante considerando que a combinação de tecnologia da informação e comunicação (TIC) com a bioeconomia pode transformar a Amazônia em um polo de inovação sustentável mundial, aproveitando sua rica biodiversidade e recursos naturais para produzir com alta agregação de valor.
BAA – Como a integração de TIC e Bioeconomia pode beneficiar a economia local?
Vania: A integração de TIC com a bioeconomia é nosso grande desafio. Se formos bem sucedidos, isso vai revolucionar diversos setores na Amazônia. Por exemplo, na indústria existem incontáveis demandas de ativos da biodiversidade, na agricultura sustentável, na digitalização e no uso de nanotecnologia avançada que podem aumentar a produtividade e a sustentabilidade das práticas de biotecnologia e de agroindústria – que são dois fatores cada vez mais impactantes em relação a competitividade nos mercados.
No campo da medicina, a biotecnologia pode levar ao desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos baseados em recursos naturais da região, por exemplo. Além disso, o monitoramento ambiental por satélite e outras tecnologias de conservação podem ajudar a preservar as florestas e a biodiversidade. Esses avanços impulsionam de forma robusta e consistente o crescimento econômico e promovem o uso mais sustentável dos recursos naturais.
BAA – A Lei de Informática prevê incentivos fiscais e investimentos obrigatórios em P&D. Como esses elementos podem atrair empresas para a Amazônia?
Vania: Os incentivos fiscais e os investimentos obrigatórios em P&D são grandes atrativos para as empresas de tecnologia. Eis a razão do primeiro lugar do Amazonas no ranking nacional de intensidade tecnológica. Os incentivos reduzem o custo operacional e fomentam a inovação. Para a Amazônia, isso significa que mais empresas estarão dispostas a investir em tecnologias que utilizem os recursos naturais de forma sustentável. Além de criar empregos, esses investimentos podem fortalecer a economia local e tornar a região um centro de excelência em bioeconomia alinhada com TIC.
BAA – O fortalecimento do setor de TIC na Amazônia também requer investimentos em educação e capacitação. Quais são as estratégias para alcançar isso?
Vania: Investir em educação e capacitação é fundamental para o sucesso a longo prazo. Programas de treinamento e parcerias com universidades e centros de pesquisa são essenciais para formar uma força de trabalho qualificada. Isso inclui cursos de especialização, programas de estágio e iniciativas de educação continuada. Ao capacitar os profissionais locais, estamos preparando a Amazônia para desenvolver e implementar soluções tecnológicas inovadoras, promovendo uma bioeconomia que mantém a floresta em pé. Com investimentos direcionados e uma visão de longo prazo, a Amazônia pode se tornar um exemplo mundial de inovação sustentável, gerando prosperidade econômica e preservando o meio ambiente.
BAA – Quais são os principais desafios para estabelecer Polos Digitais nas cidades da Amazônia e como a ExpoAmazônia Bio&TIC está ajudando a superar esses desafios?
Vania: Os principais desafios incluem a falta de infraestrutura de internet de alta qualidade e a necessidade de capacitação das pessoas nas comunidades ribeirinhas. A ExpoAmazônia Bio & TIC está ajudando a superar esses desafios ao promover discussões sobre inclusão digital e ao reunir diversos atores econômicos e sociais para fomentar o desenvolvimento de tecnologias e inovações que podem ser implementadas na região. Além disso, a ExpoAmazônia serve como um espaço para apresentação de projetos e iniciativas que podem atrair investimentos e parcerias para a criação desses polos digitais.
Acesse o site oficial do evento clicando aqui
BAA – Como o projeto Norte Conectado pode acelerar a inclusão digital nas comunidades ribeirinhas e qual é o papel do governo federal nesse processo?
Vania: O projeto Norte Conectado visa expandir a infraestrutura de internet em toda a região amazônica, o que é crucial para a inclusão digital. O governo federal tem um papel fundamental ao fornecer os recursos e a infraestrutura necessários para implementar o projeto. Com a expansão da internet, as comunidades ribeirinhas terão acesso a ferramentas digitais e oportunidades de capacitação, o que permitirá a criação de empregos e o desenvolvimento de novos negócios baseados em tecnologia da informação e comunicação. A velocidade de implementação e a abrangência do projeto são essenciais para alcançar esses objetivos.
BAA – O estudo da Federação das Indústrias do Ceará destacou que o Amazonas é o estado que mais gera empregos em tecnologia. Quais são as principais estratégias para expandir esse conhecimento para outras regiões da Amazônia?
Vania: As principais estratégias incluem a criação de programas de capacitação e treinamento em tecnologia da informação e comunicação, a promoção de parcerias entre empresas de tecnologia e instituições educacionais, e o incentivo ao empreendedorismo local. Além disso, é importante criar incentivos para que empresas de tecnologia se estabeleçam em outras regiões da Amazônia, promovendo a transferência de conhecimento e a criação de novas oportunidades de emprego. A disseminação de boas práticas e o fortalecimento de redes de colaboração também são fundamentais para expandir o conhecimento tecnológico.
BAA – De que maneira a Bioeconomia e a Biotecnologia podem ser integradas com a Tecnologia da Informação e Comunicação para promover um desenvolvimento sustentável na Amazônia?
Vania: A integração da Bioeconomia e Biotecnologia com a Tecnologia da Informação e Comunicação pode ser alcançada através do desenvolvimento de plataformas digitais que facilitem a pesquisa e a inovação em produtos biológicos. Por exemplo, tecnologias de big data e inteligência artificial podem ser usadas para melhorar a eficiência da produção biológica e para monitorar a biodiversidade da região. Além disso, a criação de aplicativos e plataformas online pode facilitar a comercialização de produtos biológicos e permitir o acesso a mercados globais, promovendo um desenvolvimento econômico sustentável que preserva a floresta.
BAA – Quais são os benefícios econômicos e sociais esperados com a implementação dos Polos Digitais na Amazônia, especialmente para as comunidades mais remotas?
Vania: Os benefícios econômicos incluem a criação de novos empregos, o aumento da renda das comunidades locais e a diversificação da economia regional. Socialmente, a implementação dos Polos Digitais pode levar à inclusão digital, proporcionando acesso a educação e serviços de saúde de qualidade, além de fortalecer as redes de comunicação e cooperação entre as comunidades.
A capacitação em tecnologia da informação pode empoderar as populações locais, promovendo o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos que podem ser aplicados em diversos setores da economia. Além disso, a ExpoAmazônia facilita a troca de conhecimentos e experiências entre diferentes atores, incluindo comunidades locais, pesquisadores, empresários e formuladores de políticas, criando um ambiente propício para a implementação de projetos sustentáveis que beneficiam a região como um todo.
Alfredo é filósofo, foi professor na Pontifícia Universidade Católica em São Paulo 1979 – 1996, é consultor do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, ensaísta e co-fundador do portal Brasil Amazônia Agora
Vania é CEO da Osten Digital, Presidente do Conselho de Administração do Polo Digital de Manaus, e Head de Relações Institucionais na Amazônia na Bertha Capital.
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