“Com essa pauta e a presença do CIEAM, Comissão de Logística, um grupo numeroso de empresas, convidadas pela Vinci, gestora do Aeroporto de Manaus, e a Jabil, associada da entidade, debateram nesta quinta-feira novas alternativas e sugestões para melhoria do modal aéreo da Amazônia, um entrave na planilha de custos das empresas e um desafio para a inteligência de seus gestores e usuários.”
Por Alfredo Lopes e Fabíola Abess
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Coluna Follow-Up
A logística de transporte na Amazônia representa um desafio significativo para o desenvolvimento regional. A comparação entre os modais fluvial, aéreo e terrestre vai revelar vantagens e desafios distintos. O modal aéreo, objeto de importante discussão envolvendo a Comissão de Logística nesta quinta-feira, é aquele que mais entrega respostas para demandas de rapidez na logística universal.
O aéreo vira pauta quanto o tema é prontidão, exigência de cuidados com a carga, ganhos na redução de custos com embalagens e estoque, além do seguro mais barato. Pelo aéreo, vão as cargas urgentes e de alto valor, assim como produtos perecíveis, equipamentos eletrônicos, bioativos, flores, vacinas e medicamentos. Investir em infraestrutura aeroportuária e modernização de aeronaves são prioridades para atender demandas vitais da economia sustentável da Amazônia.
Com essa pauta e a presença do CIEAM, Comissão de Logística, um grupo numeroso de empresas, convidadas pela Vinci, gestora do Aeroporto de Manaus, e a Jabil, associada da entidade, debateram nesta quinta-feira novas alternativas e sugestões para melhoria do modal aéreo da Amazônia , um entrave na planilha de custos das empresas e um desafio para a inteligência de seus gestores e usuários.
Soluções existem e é de extrema importância compartilhar na equação ganha-ganha, a mais criativa e proativa na conquista geral de benefícios. E essa foi a sensação dos participantes e a força motriz das iniciativas combinadas. Com mais de trinta participantes, o debate levou em conta o volume dos beneficiados e os avanços que isso representa para o fortalecimento da indústria e dos bons negócios da economia regional.
O CIEAM, representado pelo professor Augusto Rocha, pôs a disposição sua Comissão de Logística para alcançar os associados da entidade com os benefícios da movimentação. Soluções já foram testadas presencialmente pela Jabil com estudos e cálculos dos percursos, custos envolvidos, rotas competitivas e maior racionalidade nos gastos e respectivo retorno. Algumas medidas já estarão sendo tomadas, novos testes operacionais foram combinados e a organização de um evento na entidade foi sugerida e aceita para mobilizar atores e efetivar decisões.
Foi lembrado que o recente Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai priorizar projetos de investimento em aeroportos na região, um passo promissor para aprimorar o modal aéreo. É óbvio que a execução bem-sucedida dependerá do compromisso contínuo de todos e da alocação adequada e transparente de recursos. O Aeroporto de Manaus, neste cenário, seria transformado em Hub logístico regional, expandindo as rotas comerciais da Amazônia Continental e semeando os clones do MercoNorte, o velho sonho do PlanaAmazonas dos anos 90. Isso vai retomar a aproximação com o Panamá, um antigo sonho da ZFM comercial e atualmente uma demanda emergencial e estratégica da indústria e sua articulação com os países vizinhos e da América Central e Latina.
Um desafio delicado para o mapeamento das rotas, volumes, perfis e quantidades é acessar as planilhas das empresas do Polo Industrial de Manaus e dos demais setores produtivos. Em geral, as empresas relutam em abrir suas informações de rota, destinos e procedências. Isso vai exigir esforços e demonstrações práticas e métricas das vantagens envolvidas. No Amazonas há estudos e projetos para: Apuí, Barcelos, Carauari, Eirunepé, Itacoatiara, Lábrea, Manicoré, Maués, Parintins, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá e São Gabriel da Cachoeira. Obras em Fonte Boa, Manaus, disse Augusto em seu artigo semanal no portal BrasilAmazoniaAgora:
Para o professor da Ufam e doutor em Logística, o modal aéreo é muito interessante e um dos elos perdidos para a viabilidade de turismo no interior do Amazonas, pois o transporte apenas pelos rios transforma este turismo em algo lento, exótico e inviável para grandes massas. Com aeroportos no interior, surge uma nova dimensão de possibilidades. Ou seja, para amenizar os problemas logísticos na Amazônia, é essencial um enfoque multidimensional. Além de melhorar a infraestrutura aeroportuária, investir em tecnologias como rastreamento por satélite, drones e sistemas de gestão de transporte pode otimizar a eficiência dos modais.
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