Com saúde do Papa estável no momento, mas em estado crítico, o engajamento da Igreja em relação a região amazônica torna-se preocupação para ambientalistas, que consideram o apoio essencial
O estado de saúde do Papa Francisco, internado desde o dia 14 de fevereiro, tem gerado preocupação entre ambientalistas devido ao seu papel de liderança na defesa do meio ambiente e da Amazônia. Com sua condição atualmente estável, mas crítica, o cenário levanta dúvidas sobre a continuidade do engajamento da Igreja em relação à região.
Desde o Sínodo para a Amazônia, evento da Igreja Católica no Vaticano realizado em 2018, o Papa tem alertado sobre os riscos da destruição da floresta. Ele destaca publicamente que essa degradação representa uma ameaça global e critica a exploração desmedida, assim como a “cultura do descarte”.
“O Papa Francisco é extremamente importante para a agenda ambiental. A voz dele é muito poderosa. Além de ter um carisma muito grande, é respeitado no mundo inteiro e traz uma repercussão muito grande cada vez que ele faz uma declaração”, diz o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, segundo matéria do Estadão.
Em sua encíclica Laudato si’ (2015) – carta abordando algum tema relacionado a doutrina católica -, Francisco abordou a crise ambiental, destacando a Amazônia como um símbolo da relação entre a degradação dos ecossistemas e os impactos na humanidade. Ele já enfatizava a necessidade de uma ação global para proteger a floresta, reforçando que sua preservação é uma responsabilidade coletiva de todos os países.
Saúde do Papa
Papa Francisco, de 88 anos, está em condição “crítica, mas estável”, segundo um boletim médico divulgado pelo Vaticano na tarde de terça-feira (25/02). Ele deu entrada no Hospital Gemelli, em Roma, no último dia 14, com quadro de insuficiência respiratória.
De acordo com o relatório, não houve episódios respiratórios agudos e os parâmetros hemodinâmicos permanecem estáveis. Pela manhã, o Papa recebeu a eucaristia e seguiu com atividades de trabalho. No início da noite, passou por uma tomografia computadorizada para monitorar a pneumonia.
Mais cedo, um boletim já havia informado que o pontífice dormiu bem durante toda a noite de segunda para terça-feira.