A orquestra da Suframa e a Sinfonia da Amazônia 2040

Longe da política, o que pode até ser coincidência, o fato é que a Suframa vem prestando uma contribuição efetiva e de grande importância para a Amazônia e para o Brasil, cuidando das hoje já crescidas árvores semeadas em 1967 pelo DL 288, e promovendo importante fomento no espargir das sementes para 2040

Por Juarez Baldoino da Costa
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A SAE-PR – Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República encomendou e publicou em 2015 o projeto Brasil 2040 com uma base conceitual e extensão abrangente de quadrantes do país em seus vários aspectos, principalmente os climáticos e sua influência econômica e social, base esta oriunda da Universidade Federal de Campina Grande, Universidade Federal da Paraíba e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, cujo conteúdo serviria para gestão pública.

Agora em 2022, a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor) e a Universidade Católica de Brasília, apresentam o programa Cenários Brasil 2040 que tem o objetivo de traçar cenários para o Brasil e estratégias para o futuro com a participação de especialistas do setor público e privado, através de vários encontros pelo país.

A Suframa se alinhou ao programa da Assecor e promoveu o vitorioso derivado Amazônia 2040, iniciado em 31/05/2022, e que deve terminar em 07 de dezembro com a homologação, pelo CAS Conselho de Administração da Suframa, da Agenda Estratégica conclusiva do conjunto de eventos.
Os temas do Amazônia 2040 abrangem um amplíssimo espectro da região, passando pela bioeconomia, as várias tecnologias inclusive das comunicações, minerais, saúde e defesa.

Os 8 temas-chave escolhidos veem sendo discutidos e o último está previsto para 22 de setembro, iniciando a partir de então a compilação e sistematização para as fases de apresentação pública e aos governos estaduais e entidades, culminando com a versão a ser apresentada ao CAS.

Os temas já discutidos revelaram gratas surpresas aos participantes ouvintes, evidenciando o expressivo desconhecimento generalizado do que está ocorrendo com a economia amazônica e com os seus agentes atuantes. Cada nicho e cada componente das atividades, toca a sua instrumentação própria na Sinfonia da Amazônia.

Prédio da Suframa Amazônia

O maestro General Algacir Polsin, Superintendente da Suframa e sua valorosa equipe, vem orquestrando órgãos federais e estaduais, institutos de pesquisa, produtores, academia, entidades de classe e sociedade civil. A sinfonia pôde ser ouvida por privilegiados participantes, mas ainda haverá composições a apresentar abrindo oportunidade aos interessados em conhecer melhor o futuro e os potenciais da região até o final da peça.

Longe da política, o que pode até ser coincidência, o fato é que a Suframa vem prestando uma contribuição efetiva e de grande importância para a Amazônia e para o Brasil, cuidando das hoje já crescidas árvores semeadas em 1967 pelo DL 288, e promovendo importante fomento no espargir das sementes para 2040. O comércio e o agronegócio do Amazonas são agentes intrínsecos desta agenda, e certamente estarão extraindo elementos substanciais para suas atividades e seu planejamento futuro.

Dia 2 de outubro próximo se saberá quem será o presidente do Brasil e quem serão os governadores de 2023 a 2026, e a agenda da Suframa deste projeto 2040 será mais um instrumento de valor à disposição também dos futuros mandatários. Terminado o próximo mandato em 2026, restarão apenas 47 anos de ZFM que já terá vivido 59 anos, quase já uma idosa…A Agenda 2040 pode preparar a aposentadoria de quem em breve será uma senhora de 106 anos.

A Agenda da Orquestra da Suframa e sua Sinfonia da Amazônia 2040 servirá até para os surdos.

Juarez Baldoino da Costa 2
Juarez Baldoino da Costa é Amazonólogo, MSc em Sociedade e Cultura da Amazônia – UFAM, Economista, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas especializado em ZFM.
Juarez Baldoino da Costa
Juarez Baldoino da Costahttps://brasilamazoniaagora.com.br/
Juarez Baldoino da Costa é Amazonólogo, MSc em Sociedade e Cultura da Amazônia – UFAM, Economista, Professor de Pós-Graduação e Consultor de empresas especializado em ZFM.

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