A descoberta de uma nova espécie de inseto em uma unidade de conservação reforça ainda mais a importância dessas áreas para a conservação da biodiversidade
Uma nova espécie de inseto chamada Cloeodes tovauna foi descoberta no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais, descrita por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Pertencente à ordem Ephemeroptera, esses insetos possuem um hábito curioso: eles vivem a maior parte do tempo como ninfas aquáticas e têm vida adulta extremamente breve, dedicada apenas à reprodução.
A pesquisa, publicada na revista Zootaxa, ressalta a importância da conservação de ambientes naturais para a descoberta e proteção da biodiversidade.

As ninfas dessa nova espécie de inseto vivem nas margens de córregos da Mata Atlântica no sudeste do Brasil, sendo facilmente identificadas por seu corpo hidrodinâmico e coloração marrom-escura com áreas esbranquiçadas. O nome “tovauna” é derivado do Tupi, significando “cabeça preta”, uma referência à sua coloração característica.
Até agora, a espécie foi registrada apenas em regiões específicas de Minas Gerais, como Araponga, Ouro Preto e Catas Altas, além do Parque Nacional do Caparaó, no Espírito Santo.
João Carlos Lima, analista ambiental da URFBio Mata do IEF, destacou que cada nova descoberta científica em unidades de conservação reafirma sua importância para o equilíbrio ambiental. “Temos o habito de valorizar as espécies maiores, como mamíferos, répteis e aves, contudo, essa nova descrição, que não tem nada de “efêmera”, mostra que ainda temos muito para conhecer das nossas unidades de conservação”, frisou.