Fazenda vertical na Inglaterra se baseia na bioeconomia circular e colhe mais de 1 tonelada de morangos por ano. Sistema faz uso de energia limpa, controle biológico e reaproveitamento de recursos para minimizar impactos ambientais
Uma fazenda vertical no leste da Inglaterra cultiva até 200 mil morangos por mês com práticas sustentáveis baseadas em bioeconomia circular. Com 105 mil m², a Dyson Farming cultiva mais de 1 milhão de pés de morango simultaneamente, utilizando tecnologia, energia limpa e reaproveitamento de recursos.

A bioeconomia circular em ação
Sem agrotóxicos, o controle de pragas é feito com insetos benéficos, como joaninhas e vespas. Robôs aplicam luz UV para eliminar patógenos e realizam a colheita com precisão. Toda a energia vem de resíduos agrícolas processados em um digestor anaeróbico que gera biogás e calor, reutilizados no próprio sistema. O subproduto vira fertilizante orgânico, e a irrigação usa água da chuva captada do telhado da estufa. Esse sistema completo garante a produtividade ao longo de todo o ano e minimiza os impactos ambientais.

O que falta para o Brasil cultivar morangos em fazendas verticais?
No Brasil, já existem fazendas verticais, como a Pink Farms, em São Paulo, a maior fazenda vertical da América Latina focada em hortaliças. Apesar de o país ter aumentado em 92% sua produção de morangos em 20 anos, a aplicação desse modelo enfrenta desafios como o alto custo de implantação e a falta de automação acessível no Brasil, mas pesquisas e inovações seguem avançando.
