“A COP30, que se aproxima em Belém, é a chance de mostrar ao mundo que a Amazônia pode ser vitrine não só de energia limpa, mas de energia inteligente. O recado que enviamos daqui deve ser claro: se já conseguimos gerar uma matriz invejável, agora vamos liderar também no uso eficiente”
Um paradoxo movido a energia limpa
O Brasil orgulha-se de sua matriz elétrica: quase 90% de origem renovável, uma vitrine internacional em tempos de crise climática. Mas essa virtude convive com uma sombra constrangedora: figuramos entre os piores do mundo em eficiência energética. Produzimos energia limpa, mas a desperdiçamos como se fosse infinita. Eis a contradição que compromete nossa competitividade industrial e enfraquece nosso discurso climático.
O papel da eficiência
Eficiência energética não é luxo nem custo adicional: é produtividade, é competitividade, é sustentabilidade na veia. Cada watt economizado é um ganho duplo — reduz custos para as empresas e reduz emissões para a sociedade. A energia que se perde na “última milha” da distribuição ou na falta de integração entre sistemas produtivos poderia ser o motor de novos empregos, inovação e desenvolvimento regional.

O paradoxo é cruel: somos campeões na produção de energia limpa e lanternas na arte de usá-la bem. Se o Brasil quiser mesmo liderar a transição energética global, precisa antes corrigir sua incoerência doméstica.
Eficiência energética no Brasil e no mundo
O Brasil gosta de exibir ao mundo sua matriz elétrica limpa, mas quando o assunto é eficiência energética, ficamos em posição vergonhosa. 15º lugar entre 16 economias globais avaliadas pela ACEE em 2025. Só estamos à frente do México — e isso não é motivo de alívio, é sinal de alerta.
Enquanto desperdiçamos até 20% da energia gerada por falta de sistemas inteligentes, seguimos aplaudindo a quantidade de megawatts produzidos, como se o simples ato de gerar fosse suficiente. Não é. Energia perdida é riqueza que escorre pelo ralo.
O recado da Agência Internacional de Energia (AIE) é claro e direto: o mundo precisa triplicar a geração renovável e dobrar a eficiência energética até 2050. Para o Brasil, a exigência é ainda mais dura: será preciso triplicar a eficiência. Se não encararmos isso, continuaremos crescendo à base do desperdício.
E não se trata de uma abstração climática. É dinheiro. Cada 1% de ganho em eficiência energética pode gerar uma economia de R$ 5 bilhões por ano para a indústria brasileira. Cinco bilhões que hoje se transformam em calor inútil, apagão planejado e competitividade perdida.
A resposta da indústria da floresta
É nesse ponto que empresas como a UCB POWER, associada destacada do CIEAM, entram em cena. Sua atuação sabe e pode corrigir tecnicamente as falhas que consomem energia de forma invisível, oferecendo soluções que conectam geração, armazenamento e uso inteligente. Com baterias e tecnologias de transição energética, a empresa garante autonomia, confiabilidade e controle às indústrias.
Não se trata apenas de vender equipamentos, mas de educar o setor produtivo a olhar para a energia como ativo estratégico, não como insumo banal. A eficiência nasce da medição, do monitoramento e da gestão inteligente — e é exatamente isso que a UCB POWER leva às fábricas, aos galpões, às linhas de produção que ainda operam como se o século XXI não tivesse começado.
Um convite ao pacto
O Brasil não precisa apenas de mais energia renovável. Precisa de um pacto de eficiência. Precisa que governo, indústria e sociedade reconheçam que o futuro energético será decidido não apenas pelo quanto geramos, mas pelo quanto sabemos não desperdiçar.
A COP30, que se aproxima em Belém, é a chance de mostrar ao mundo que a Amazônia pode ser vitrine não só de energia limpa, mas de energia inteligente. O recado que enviamos daqui deve ser claro: se já conseguimos gerar uma matriz invejável, agora vamos liderar também no uso eficiente.
O compromisso da UCB POWER
Ao reafirmar a convergência entre descarbonização, ou mitigação do carbono, e crescimento econômico, como destacou recentemente Rafaela Guedes em entrevista ao Valor, a transição energética no Brasil não pode prescindir da eficiência. É nesse horizonte que a UCB POWER assume seu papel: corrigir tecnicamente, apoiar a indústria e preparar o Amazonas e o Brasil para o próximo salto.
Nossa convicção é simples: a energia do futuro não é apenas renovável, é eficiente. E Ronaldo GERDES, gestor da UCB Power, diz a razão: Porque energia desperdiçada é riqueza perdida. E o Brasil não pode se dar a esse luxo.