Nos últimos três meses, a plataforma movimentou cerca de R$ 120 mil com a venda de 25 produtos fruto da bioeconomia amazônica; nos últimos seis meses, o número de itens ofertados cresceu 20%
Produtos como ora-pro-nóbis, açaí, castanhas, gergelim, mel e jambu tem aumentado a demanda nacional por produtos sustentáveis da bioeconomia amazônica. Pensando nesse cenário, associações e cooperativas da região se uniram para criar soluções que facilitassem o acesso dos pequenos produtores ao mercado nacional.
Assim surgiu a Plataforma Digital da Floresta, uma ferramenta gratuita desenvolvida para resolver desafios como rastreabilidade dos produtos, exposição e negociação de preços, controle logístico e gestão financeira.
Nos últimos três meses, a plataforma movimentou cerca de R$ 120 mil com a venda de 25 produtos e, nos últimos seis meses, o número de itens ofertados cresceu 20%.

Segundo Marco Giagio, diretor-geral do Instituto CERTI Amazônia (ICA), a plataforma foi desenvolvida a partir das demandas de produtores e vendedores, representados por associações e cooperativas. Entre os desafios enfrentados estavam preços baixos e injustos, dependência de atravessadores, falta de acesso a mercados maiores e dificuldades logísticas.
“Há ainda a falta de capacitação e apoio tecnológico para melhoria dos processos e consequente aumento da competitividade do produto final ofertado, mas é um assunto que está no radar das nossas atividades”, afirma Giagio em matéria do Globo Rural no portal Um Só Planeta.

Para Francisco Rodrigues Antropobos, sócio-diretor da Arvo – Produtos da Amazônia, a ferramenta tem um grande potencial para impulsionar a bioeconomia, beneficiando tanto os extrativistas na base da cadeia produtiva quanto a comercialização dos produtos amazônicos em mercados estratégicos. “A Plataforma Digital da Floresta nos ajuda por apresentar nossos produtos e valores de forma mais efetiva a um público bem mais amplo. Conseguimos até atingir outros países, nesse curto tempo de utilização”, completa ele, que trabalha na área da bioeconomia comercializando produtos de comunidades ribeirinhas e indígenas da região amazônica.