Produzida a partir da escória siderúrgica, a brita reciclada oferece alta performance técnica, menor impacto climático e já é usada em obras públicas no Brasil.
A chamada “brita reciclada”, desenvolvida pela Harsco Environmental com base em resíduos da indústria do aço, pode reduzir em até 60% as emissões de gases de efeito estufa quando comparada à brita tradicional. Conhecida como Neobrita, a solução passou por análise de ciclo de vida com base nas normas ISO 14040 e ISO 14044 e recebeu uma declaração de pegada de carbono que comprova seu desempenho: apenas 0,372 kgCO₂e por tonelada com alocação econômica.
Produzida a partir do reaproveitamento de resíduo gerado no processo siderúrgico, a Neobrita representa um avanço estratégico para a economia circular. Em vez de extrair e triturar rochas como calcário e granito, prática que impacta ecossistemas e consome recursos finitos, o processo utiliza um resíduo industrial já disponível. O material reciclado é beneficiado e transformado em agregado para diversas aplicações na construção civil, como base de pavimentos, concreto não estrutural, drenagem, lastro ferroviário e muros de contenção.
Segundo a empresa, o produto oferece desempenho técnico superior, com maior resistência mecânica, durabilidade e menor necessidade de manutenção. Além disso, contribui para reduzir custos operacionais em obras públicas e privadas. A brita reciclada já é empregada em obras de infraestrutura em estradas vicinais e concessões federais, com apoio de normatizações do DNIT e outras entidades reguladoras.
Atualmente, a Neobrita é produzida em sete unidades siderúrgicas no Brasil e integra um acordo com o governo de Minas Gerais para fomentar práticas sustentáveis na construção civil desde 2023. Para o CEO da Harsco na América Latina, Wender Alves, a proposta não é competir com a brita convencional. “A Neobrita não é uma competidora da brita convencional, mas sim uma alternativa complementar, sustentável e estratégica”, afirmou.