As baterias LFP já representam 30% do mercado de veículos elétricos, em comparação a 6% em 2020
Uma forma de bateria de íons de lítio chamada LFP está se tornando cada vez mais popular entre os fabricantes de veículos elétricos devido às suas vantagens em custo, segurança e materiais.
Fabricantes como Ford, Mercedes-Benz, Rivian, Tesla e outros estão agora oferecendo esses pacotes como alternativa ou substituição direta às químicas de níquel-manganês-cobalto (NMC) e níquel-cobalto-alumínio (NCA), que dominaram o mercado por anos. Enquanto as baterias LFP representavam apenas 6% do mercado em 2020, agora elas saltaram para cerca de 30%.
No Brasil, empresas como a UCB Power já trabalham com soluções mais sustentáveis, como a bateria de lítio. Presente há 50 anos no mercado, a empresa é a primeira fabricante de baterias de lítio no Brasil e tem a sustentabilidade como um de seus principais pilares, com certificação que garante a responsabilidade em estar em conformidade com normas ambientais atuais, assim como na gestão dos riscos ambientais associados.
Qual o benefício das baterias LFP?
Esse tipo de bateria possui vantagens importantes, mas, para aqueles preocupados com o impacto ambiental e ético da posse de veículos elétricos (EVs), o principal benefício é que as baterias LFP não contêm materiais como níquel, manganês ou cobalto.
A mineração desses recursos tem um impacto ambiental significativo, prejudicando ecossistemas locais em áreas com pouca regulamentação, como a República Democrática do Congo e Myanmar.
Além disso, as baterias LFP também custam significativamente menos. De acordo com uma análise da BloombergNEF, as células LFP são, em média, 32% mais baratas do que as células NMC tradicionais. Com isso, impactam menos no preço final dos carros. Também são mais resistentes, resultando em uma vida útil mais longa.
Desafios e oportunidades
Embora as baterias de LFP custem menos para fabricar, elas também têm menor valor no momento da reciclagem. “Há menos valor intrínseco de metais em um pacote de LFP em comparação com um baseado em níquel”, explica Jackson Switzer, vice-presidente comercial da Redwood Materials, empresa que tem como objetivo reciclar baterias de íon-lítio e produzir materiais para baterias destinados à eletromobilidade e sistemas de armazenamento de energia elétrica. Esse menor valor pode significar menos motivação para reciclar essas baterias, mas a boa notícia é que elas são tão fáceis de reciclar quanto as outras.
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