Agricultores e comunidades indígenas da Amazônia peruana passaram a adotar práticas como manejo integrado do solo, uso de fertilizantes orgânicos, proteção de nascentes, restauração florestal, dentre outros
A colaboração de mais de 4 mil produtores agrícolas e comunidades indígenas conseguiram evitar o desmatamento de cerca de 70 mil hectares de florestas amazônicas nas regiões de Huánuco e Ucayali, no Peru, ao longo dos últimos seis anos.
O resultado foi alcançado por meio do projeto Paisagens Produtivas Sustentáveis na Amazônia Peruana, conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente do Peru em parceria com o PNUD. A iniciativa integra gestão ambiental e desenvolvimento sustentável, promovendo o uso responsável do território em colaboração com organizações locais, setores públicos e privados.

No âmbito do projeto, agricultores e comunidades indígenas passaram a adotar práticas ambientais como manejo integrado do solo, uso de fertilizantes orgânicos, proteção de nascentes, restauração florestal e implementação de sistemas agroflorestais e silvipastoris. Iniciado em 2018, ele mostra que é possível produzir de forma sustentável, aliando conservação ambiental ao desenvolvimento rural.
O foco das ações está na redução do desmatamento e na recuperação de áreas degradadas, especialmente nas províncias de Puerto Inca (Huánuco), Padre Abad e no distrito de Nueva Requena (Ucayali). Até o momento, cerca de 1,9 mil produtores de cacau, 1,5 mil pequenos produtores de palma e 590 pecuaristas foram beneficiados, todos operando com práticas alinhadas a padrões ambientais, reforçando o compromisso com uma produção sustentável na Amazônia peruana.
“Essas medidas contribuem para a restauração dos serviços ecossistêmicos e o desenvolvimento sustentável das unidades produtivas”, afirmou Raquel Soto, vice-ministra de Desenvolvimento Estratégico de Recursos Naturais do Peru.