A 1ª semana de setembro não trouxe boas notícias para a Amazônia: de acordo com o INPE, a floresta registrou 8.373 focos de fogo nos primeiros sete dias de setembro, mais que o dobro do número registrado no mesmo período no ano passado.
A Reuters destacou que 27% dos maiores incêndios identificados neste mês aconteceram em florestas intocadas, no interior da Amazônia, ao invés de áreas recentemente desmatadas ou terras agrícolas no entorno da floresta. Esse dado contraria o argumento de Mourão, que defende que os focos de incêndio na Amazônia se concentram em áreas de ocupação humana, e não na floresta em si.
O Pará lidera entre os estados amazônicos com maior número de queimadas na 1ª semana de setembro, com 2.980 focos, seguido por Mato Grosso (2.299), Amazonas (1.558) e Rondônia (598).
Em tempo: A petroleira francesa Total desistiu de operar cinco blocos de exploração de petróleo e gás na bacia da foz do rio Amazonas. A empresa era sócia da BP e da Petrobras nesse empreendimento, e sai dele em meio a dificuldades no processo de licenciamento ambiental dessas áreas. Ambientalistas criticam esse projeto, localizado a cerca de 120 km da costa, por conta do risco que ele representa para a biodiversidade da bacia amazônica, em particular para os corais na foz do rio. Em 2018, o Ibama negou a licença ambiental para a Total iniciar as operações na região. Com a decisão – e as dificuldades enfrentadas pelas outras petroleiras no contexto da pandemia – a exploração de petróleo na foz do Amazonas fica mais distante. Reuters, Deutsche Welle e Epbr repercutiram o anúncio.
Fonte: ClimaInfo
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