“Essas iniciativas confirmam que a tecnologia e a transição energética trazem além de potenciais e promissoras soluções para os desafios climáticos, as bases para um modelo de desenvolvimento que mantenha a floresta em pé e as pessoas que vivem nela. A combinação de inovação tecnológica e energia limpa – além de novos cenários como o da bioeconomia – cria um horizonte de possibilidades que o mundo e o Brasil precisam, onde as fragilidades do bioma amazônico podem ser mitigadas, e suas potencialidades, exploradas de forma responsável, estratégica e comparativamente vantajosas.”
Por Ronaldo Gerdes
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A Amazônia sempre esteve no centro das discussões globais sobre preservação ambiental e desenvolvimento sustentável. Mas, ao olharmos para as próximas décadas, a dialética entre as fragilidades e as potencialidades do bioma amazônico ganha uma nova perspectiva: a tecnologia, como principal aliada na construção de um futuro equilibrado e sustentável. O papel da inovação não somente possibilita o resguarde dos recursos naturais, mas também contribui para uma mudança qualitativa no combate às mudanças climáticas. Neste cenário, a transição energética emerge como um vetor chave para a reestruturação socioeconômica da região.
A relevância tecnológica na Amazônia não é uma promessa distante, mas cada vez mais uma realidade presente. As condições para o avanço tecnológico já estão dadas, e elas são impulsionadas tanto por iniciativas locais quanto por estratégias nacionais, como a Zona Franca de Manaus (ZFM) e os compromissos da atual gestão de sua superintendência. A aposta da Suframa no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, ao lado de empresas privadas e instituições de pesquisa, pavimenta o caminho para um novo modelo de negócios, alinhado aos desafios ambientais e econômicos da região.
A UCB Power, desenvolveu um time robusto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e apoio tecnológico local, e com ele pode enxerga ainda melhor essa dinâmica de inovação como uma oportunidade de contribuir com a liderança do estado do Amazonas em intensidade tecnológica. O Amazonas, atualmente no topo do ranking nacional nesse quesito, encara essa posição como um desafio e uma oportunidade, abrindo portas para projetos inovadores que envolvem não apenas os recursos locais de P&D, mas também a formulação de políticas públicas voltadas para o avanço tecnológico sustentável.
Dois exemplos emblemáticos dessa estratégia são os projetos de Santa Helena do Inglês e Bauana. Ambos refletem a capacidade de combinar desenvolvimento tecnológico com os recursos naturais da região, promovendo inovação enquanto respeitam a sensibilidade do bioma amazônico. O sucesso desses projetos demonstra que o equilíbrio entre progresso e preservação é viável, e que as iniciativas de P&D podem alavancar não apenas a economia local, mas também a imagem da Amazônia como um polo de inovação sustentável.
Além disso, a recente parceria entre a Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) e a Suframa fortalece as ações de P&D na Região Norte. A ABIPTI, que reúne mais de 150 entidades públicas e privadas, apresentou o estudo “Impactos dos ICTs Privados na Região Norte”, conduzido em parceria com a consultoria Deloitte. Esse estudo traz uma análise profunda de como esses institutos de tecnologia têm impactado o ecossistema de inovação da Amazônia, apontando novos caminhos para o avanço tecnológico.
De acordo com o vice-presidente da ABIPTI na Região Norte, André Tapajós, o estudo é um marco para a criação de estratégias conjuntas que fomentem o progresso na região. Os achados deste estudo podem balizar novas políticas públicas e fortalecer as ações de P&D, trazendo benefícios tanto para o setor privado quanto para a preservação ambiental. O superintendente-adjunto de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da Suframa, Waldenir Vieira, destacou a importância de compartilhar os resultados deste estudo no Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento da Amazônia (Capda), ampliando o diálogo e a cooperação entre os diversos atores envolvidos.
Essas iniciativas confirmam que a tecnologia e a transição energética trazem além de potenciais e promissoras soluções para os desafios climáticos, as bases para um modelo de desenvolvimento que mantenha a floresta em pé e as pessoas que vivem nela. A combinação de inovação tecnológica e energia limpa – além de novos cenários como o da bioeconomia – cria um horizonte de possibilidades que o mundo e o Brasil precisam, onde as fragilidades do bioma amazônico podem ser mitigadas, e suas potencialidades, exploradas de forma responsável, estratégica e comparativamente vantajosas.
A UCB Power está comprometida com essa visão. Acreditamos que o futuro da Amazônia será moldado por escolhas tecnológicas inovadoras, que promovam a sustentabilidade, a proteção do meio ambiente e o bem-estar das comunidades locais. Juntos, podemos transformar o desafio em oportunidade e conduzir a Amazônia para um novo ciclo de desenvolvimento, que respeite sua riqueza natural e impulsione seu potencial econômico.
Ronaldo Gerdes é Conselheiro do Centro da Indústria do Estado do Amazonas e Relações Institucionais da UCB Power
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