“Incorporar os princípios de ESG, portanto, no cerne das operações e inovações das empresas tornou-se uma necessidade estratégica. Ao focar em iniciativas de proteção ambiental, impacto social significativo e governança efetiva, as empresas começam a se posicionar como líderes na resolução de desafios globais, como o desmatamento da Amazônia”.
Por Régia Moreira Leite
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Coluna Follow-Up
Um grande evento na floresta, o Primeiro Fórum ESG Amazônia, um passo decisivo na consolidação fabril e efetividade socioambiental da Zona Franca de Manaus. Com lideranças temáticas exponenciais, o evento vai pautar um futuro que já começou. Expositores que são inovadores e comprometidos todos com a premissa da sustentabilidade vão propor novidades. Este encontro simboliza um passo significativo na integração das práticas de Environmental, Social, and Governance com a dinâmica industrial e social da região.
O Polo Industrial de Manaus (PIM), conhecido por seu papel vital no desenvolvimento do Norte do Brasil, está no centro dessa discussão. O PIM ilustra como iniciativas econômicas podem coexistir com a sustentabilidade ecológica, desde que iniciamos a adoção das normas como ISO 14001 e ISO 45001, lá atrás, refletindo um compromisso com a qualidade, gestão ambiental e a segurança ocupacional.
A contribuição do PIM vai além da indústria, influenciando positivamente a vida social através do apoio material e efetivo à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), enfatizando a educação e o desenvolvimento profissional. Este apoio reflete um compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social, elementos fundamentais dos princípios ESG.
Os palestrantes do fórum, como Denis Benchimol Minev, Glaucie Galúcio, Edson Cabral, Jonivaldo Miranda, Vanda Witoto e Marcelo Rodrigues, para citar alguns. representam a diversidade e a riqueza de experiências e perspectivas sobre o ESG na Amazônia. Suas trajetórias refletem um profundo compromisso com a educação, gestão de pessoas, direitos indígenas e liderança empresarial, essenciais para o avanço desta agenda na região.
O Fórum ESG Amazônia, organizado sempre em parceria, foi organizado pela Comissão CIEAM de ESG, e celebra mais uma vez a interatividade fecunda entre a SUFRAMA e o CIEAM, além do apoio institucional da Rede Amazônica.. E foi pensado para cumprir o papel de catalisador para uma transformação de abordagens, visando a equidade social e a preservação ambiental. Este encontro serve como um lembrete poderoso de que o desenvolvimento sustentável não é apenas possível, mas essencial para o futuro da Amazônia e das relações globais.
Incorporar esses princípios , portanto, no cerne das operações e inovações das empresas tornou-se uma necessidade estratégica. Ao focar em iniciativas de proteção ambiental, impacto social significativo e governança efetiva, as empresas começam a se posicionar como líderes na resolução de desafios globais, como o desmatamento da Amazônia. Ou ainda desafios permanentes como a diversificação/interiorização da economia e redução das desigualdades regionais. Esta postura não somente fortalece a responsabilidade corporativa, mas também serve como uma fonte de inspiração para outras organizações seguirem o exemplo.
O mundo nos colocou um desafio para enfrentar, conter o desmatamento da Amazônia assim como, durante a pandemia, nossa consciência humanitária foi desafiada pela falta de equipamentos de proteção individual e a disseminação da fome dos segmentos mais vulneráveis. O desmatamento, quando visto através da lente da inovação e dos princípios do Meio Ambiente, do Social e da Governança, transforma-se de um problema em uma oportunidade para promover mudanças culturais e educacionais. Assim como a falta de EPIs e a vulneração social nos tornou pessoas melhores o combate ao desmatamento, na agenda ESG nos faz reconhecer que a solução para problemas ambientais complexos exige uma abordagem holística que inicie dentro das empresas e se expanda para alcançar toda a sociedade.
A visão de promover a sustentabilidade como um pilar da cultura brasileira e da comunicação digital é audaciosa e reflete um entendimento profundo de como as estratégias de ESG podem ser empregadas para fomentar uma mudança positiva na sociedade. Ao alinhar inovações com a implementação dessas práticas transparentes e eficazes, as empresas têm a oportunidade de desempenhar um papel fundamental na construção de um futuro mais condizente com as necessidades do Brasil e do mundo daqui em diante.
Régia é economista, administradora, empresária, coordenadora da Comissão ESG e conselheira do CIEAM, Centro da Indústria do Estado do Amazonas
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