De acordo com presidente Luiz Augusto Barreto Rocha, o CIEAM é uma entidade em movimento que prioriza, como sua regra de ouro, a conjugação de seus verbos na primeira pessoa, no plural. E seu sonho é tudo aquilo que emerge da rotina gerencial e significa uma entidade entrelaçada com seus pares – efetivamente representativos dos setores produtivos – que falam a mesma linguagem e se alegram com suas conquistas sem personalismo nem fulanização.
Por Alfredo Lopes
____________________
Coluna Follow-Up
Fundado há 43 anos, o Centro da Indústria do Estado do Amazonas, é uma entidade de classe de direito privado que congrega as indústrias do Polo Industrial de Manaus, dentro do Programa Zona Franca de Manaus, o maior acerto de política fiscal da República para redução das desigualdades regionais. Um país dividido com injusta e robusta diferença multissetorial e multifacetada que descreve o Sudeste desenvolvido e um Norte e Nordeste mobilizados para conquistar seu lugar, justo e digno, na configuração da brasilidade, das oportunidades e no sumário nacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento, Política Industrial e de Recursos Naturais, Culturais, Comercio e Serviços, Agronegócio e Agroindústria entre outros setores.
As Comissões e o Conselho
Com uma estrutura enxuta, dinâmica e criativa, o CIEAM trabalha com Comissões Setoriais, coordenadas pela presidência executiva da entidade e composta por executivos das empresas associadas que trabalham voluntariamente na defesa dos diversos interesses, incluindo ESG, Tributos, Logística, Relações Institucionais, Segurança Jurídica, Automação Industrial e Desenvolvimento, Recursos Humanos, Meio Ambiente e Recursos Naturais e Comércio Exterior. A entidade tem uma direção geral formada por um Conselho, composto por lideranças empresariais do Polo Industrial de Manaus. Trata-se de um colegiado encarregado pela administração participativa das questões vitais da entidade, onde a presidência, escolhida pelos integrantes, cumpre o papel de animador, moderador e executor das decisões, todas colegiadas.
Um conselho e seu presidente
Atualmente, o Conselho do CIEAM é dirigido pelo empresário Luiz Augusto Barreto Rocha, do setor “têxtil e confecção”, a mais antiga referência Industrial do Brasil. Em recente entrevista relatou a dinâmica de sua atribuição:
“Temos muito o que fazer em nosso país, basta olhar ao nosso redor, para entender que é preciso seguir combatendo nossas desigualdades. No CIEAM, trabalhamos coletivamente pondo em prática decisões de um conselho deliberativo com 46 grandes líderes empresariais. Um ambiente em que todos aprendemos muito todos os dias.É um time fortíssimo e essa conquista do trabalho integrado e participativo tem permitido agregar contribuições para uma indústria mais forte, premissas de um país mais forte. São muitos desafios, entre eles, estreitar nossa interlocução com a Academia, agregando Ciência, Tecnologia e Inovação ao Polo Industrial de Manaus, nos parâmetros que integram produção industrial e proteção da Amazônia. Este é o propósito assumido: Ser protagonista na sustentabilidade da indústria do Amazonas, vetor regional para o desenvolvimento do Brasil.”
Banco Mundial em debate com o CIEAM
Nesta terça-feira, o CIEAM pôs para conversar os atores locais e os membros representantes do Banco Mundial, precisamente os autores responsáveis pelos Relatórios 2023, publicados sobre a economia do Brasil e sobre a efetividade da Zona Franca de Manaus, documentos que geraram muita polêmica e repercussão nos diversos segmentos do tecido social. O evento, coordenado por Lúcio Flávio Oliveira, presidente executivo, e Augusto Rocha, professor UFAM, ilustra o papel da entidade como indutora da diversificação, adensamento e interiorização do desenvolvimento e da proteção florestal. No final do encontro, quatro projetos, debatidos pelos participantes, serão encaminhados para as entidades e instituições responsáveis para análise de viabilidade e fomento pelo Banco Mundial.
Proteção florestal e promoção social
Em bate-papo recente, o Conselheiro Maurício Loureiro, empresário do Polo relojoeiro, membro da Comissão ESG, assim se manifestou sobre a parceria entre CIEAM e INPA, para avançar na demonstração da contabilidade ambiental da Indústria da ZFM.
“Penso que há bons exemplos, na Amazônia e no Amazonas, que podem servir como direção e caminhos a serem seguidos na confirmação da neutralidade do carbono nas indústrias de Manaus. Um deles, é o desempenho do Amazonas na sua preservação ambiental, que se movimenta para manter 97% da floresta preservada. Um outro ponto interessante, é que, as nossas Indústrias, geralmente, não utilizam chaminés e são entusiasmadas ao reaproveitamento máximo de resíduos. E por destaque, podemos dar exemplos de empresas que tem em seu DNA a preservação ambiental por opção, compromisso e cultura, seja ela nacional ou estrangeira. Ex.: MOTO HONDA, BIC, IPRAM, UNICOBA, e tantas outras. O próximo desafio é o da logística reversa.”
Pela primeira vez na história da ZFM um total de 46 CONSELHEIROS, divididos entre (25) membros efetivos do Conselho Superior, (15) membros suplentes, (03) membros efetivos do Conselho Fiscal e (03) membros suplentes do Conselho Fiscal.
Protagonismo feminino
A nova formação contará com a participação de mais mulheres na gestão. De três conselheiras, o Centro passará a contar com o total de 10 lideranças femininas, diretoras de instaladas no Polo Industrial de Manaus. Estão como membros efetivos desde a gestão anterior: Kelly Sampaio(Copag da Amazônia S/A), Régia Moreira (Impressora Amazonense Ltda) e como membro suplente na gestão anterior, agora efetiva: Milena Pérez, Recofarma Indústria do Amazonas Ltda.).
As novas participantes são: como membro efetivo, Mariana Barrela (Tutiplast Indústria e Comércio Ltda.), Milena Perez (Recofarma Indústria do Amazonas Ltda.), Rebecca Garcia(GBR Componentes da Amazônia), Ariadina Torres Tectoy S/A), Liduina Magalhães (Fermazon Ferro e Aço do Amazonas Ltda.), Nirlaneide Torres de Freitas (Essilor da Amazônia Ind. Com. Ltda.) e Patricia Willot(Intelbrás S.A. Indústria de Telecomunicação Eletrônica Brasileira), Cristine de Almeida Miwa (Seculus da Amazônia Ind. e Com. S/A) e Valeria Valente (Flextronics da Amazônia Ltda.)
Solidariedade, a fraternidade em movimento
Escolhida como a primeira mulher a atuar no Conselho Superior, a partir de 2019, Régia Moreira Leite, atual gestora da Comissão ESG, assim resumiu o trabalho da entidade no enfrentamento da pandemia: “A COVID-19 pegou a todos nós no contrapé. E logo percebemos que também o poder público não estava preparado para enfrentar essa tragédia. Os equipamentos de proteção para os profissionais de saúde, tradicionalmente vindos da Ásia, ficaram pelo caminho e o cidadão e sua família, com os quais não nos preocupamos diretamente, com o isolamento, perderam oportunidade de ganhar o pão de cada dia. Em pouco tempo, a fome bateu em milhares de portas em nossa cidade e região. Como ficar parado? Como ficar indiferente a uma situação tão problemática e assustadora? Fomos à luta e descobrimos que este sentimento chamado solidariedade passou a ser compartilhado com muito mais gente do que imaginávamos. Muitos empresários, no isolamento social, fizeram seu Home Office solidário de forma surpreendente e estimulante. Até aqui, posso dizer que os maiores beneficiados somos nós os voluntários. Descobrimos o sentido vivo do preceito bíblico segundo qual há maior alegria em dar do que em receber.”
CIEAM e o sonho de uma entidade
De acordo com presidente Luiz Augusto Barreto Rocha, o CIEAM é uma entidade em movimento que prioriza, como sua regra de ouro, a conjugação de seus verbos na primeira pessoa, no plural. E seu sonho é tudo aquilo que emerge da rotina gerencial e significa uma entidade entrelaçada com seus pares – efetivamente representativos dos setores produtivos – que falam a mesma linguagem e se alegram com suas conquistas sem personalismo nem fulanização. E agora, como um grande avanço, passamos a contar com mais de uma dezena de grandes líderes empresariais mulheres em nosso Conselho.
Com o imperativo da governança e transparência, consistência de metas e condutas, dinamização constante das comissões, o CIEAM atua dentro de nossas atribuições e demandas coletivas de infraestrutura, assegurando a segurança jurídica e a aplicação local e regional dos ativos consignados por nossos investimentos. Além disso, busca conduzir com mais fluidez e clareza a comunicação daquilo que fazemos, com a necessária resiliência e insistência, posto que a responsabilidade social da indústria é, definitivamente, a geração de empregos e oportunidades na direção da prosperidade regional.
Comentários