Aplausos perenes e muita gratidão a Amazonino Mendes, sua trajetória e seu legado para a região e nossa gente. Giros exemplares na roda do destino de nossa terra e de nossa gente. Como empresário e participe desta história, que me orgulha e me motiva a reconhecer e repercutir no cotidiano, quero destacar um dos muitos motivos de apreço, respeito e admiração pelo líder político Amazonino.
Por Nelson Azevedo
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A perda irreparável do governador Amazonino Mendes, que nos deixou deste domingo chuvoso de fevereiro, permite-nos meditar sobre a importância de um líder dedicado aos reclamos da sociedade. E ainda o papel que ele representa na vanguarda dos acontecimentos e na antecipação de nossos planos, metas e conquistas. Ele nos deixa de herança um rol de realizações e ações que, muitas vezes, não foram compreendidas em sua intenção e alcance.
O Amazonas precisará debater o legado de seu governador que teve quatro mandatos robustos e ousados na gestão delicada e complicada de quem vive e trabalha na Amazônia, uma região rica de recursos naturais e pobre em seus indicadores de desenvolvimento humano.
ISEA, Instituto Superior de Estudos da Amazônia
Debater o futuro da Amazônia sempre foi a marca de Amazonino. Foi com esse propósito que criou, em seu primeiro governo, o ISEA, Instituto Superior de Estudos da Amazônia, uma plataforma de debates, pesquisas, promoção e planejamento de novos cenários para nossa região. Percorreu o mundo fazendo a divulgação da Amazônia, suas potencialidades e oportunidades de negócios, antevendo com muita sabedoria os negócios do futuro e defendendo permanentemente a necessidade de estudos para decifrar os segredos e as surpresas da floresta.
Da UTAM para a UEA
Foi nesse contexto que, em debates com os pensadores que o acompanhavam e os empresários com quem tinha uma saudável e inteligente interlocução, apoiou a criação da Universidade do Estado do Amazonas, que se transformou na maior universidade multi-campi do país, por sua presença nos 62 municípios do estado. Soube mobilizar e otimizar a existência, recursos humanos e materiais da UTAM, Universidade, depois Instituto, de Tecnologia da Amazônia, dando prosseguimento a essa vital união e colaboração entre academia e economia da Zona Franca de Manaus.
IDAM e AFEAM
Ainda nessa perspectiva do desenvolvimento sempre alinhado com a sustentabilidade e o conhecimento forjado pela universidade, que criou o IDAM, Instituto do Desenvolvimento Amazonas, devotado ao setor primário, com a identificação das oportunidades da agroecologia e da agroindústria, e também a AFEAM, Agência de Fomento do Estado do Amazonas, com a finalidade de aplicar um fundo constitucional por ele criado para fomentar o empreendedorismo no interior, promovendo as micro e pequenas empresas. Para isso criou o FMPES, Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas do Estado.
Turismo, interiorização, Micro e Pequenas Empresas
A criação de fundos e contribuições, aliás, foram iniciativas de Amazonino Armando Mendes. Um deles, já mencionado aqui, é denominado Fundo Universidade do Estado do Amazonas. Seu propósito e compromisso era demonstrar a viabilidade, necessidade e relevância econômica e social da Zona Franca de Manaus, combinando com as entidades da indústria, Comercio, e agricultura o uso efetivo e interativo da riqueza gerada no polo industrial de Manaus.
Foi daí que surgiu, também, o Fundo de Turismo e Interiorização do Desenvolvimento, o mais robusto deles, que tem gerado, a partir da contribuição da indústria, mais de R$1 bilhão de reais a cada ano. Os três fundos somados, pelas estimativas da Suframa e da SEFAZ, deverão superar os três bilhões de reais em 2022.
Interlocução e gestão participativa
Aplausos perenes e muita gratidão a Amazonino Mendes, sua trajetória e seu legado para a região e nossa gente. Giros exemplares na roda do destino de nossa terra e de nossa gente. Como empresário e participe desta história, que me orgulha e me motiva a reconhecer e repercutir no cotidiano, quero destacar um dos muitos motivos de apreço, respeito e admiração pelo líder político Amazonino.
Refiro-me a sua capacidade de interlocução e sintonia fina à luz do interesse público. Antes de qualquer decisão que alcançasse quaisquer interesses setoriais da indústria ele priorizava o diálogo e a consulta efetiva dos envolvidos. E mais: como autor das iniciativas dos fundos e contribuições, Amazonino buscou sua efetiva distribuição. E uma das razões dessa insistência sempre foi destacar a importância da governança participativa, destacando a responsabilidade social das empresas e suas contribuições para consolidar o desenvolvimento e a prosperidade social do Amazonas e de sua população. Descanse em paz, dileto Governador.
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