A indústria amazonense, quer entrar pela porta da frente e contribuir. Queremos discutir rumos e metas. Queremos participar do planejamento e atuar bem de perto. Queremos estar nos conselhos, atuando como parceiros mais que financeiros.
Por Marcelo Dutra e Wilson Périco
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No momento em que a Zona Franca de Manaus – programa bem sucedido de redução das desigualdades regionais — que sustenta a economia do Estado do Amazonas, sofre uma nova emboscada do governo federal, com seus incontidos ataques, o Polo Industrial de Manaus vê um de seus mais expressivos ativos em um novo horizonte de esperanças. Uma nova luz.
A nossa Universidade do Estado do Amazonas, a UEA, recebe uma nova gestão, eleita por professores, alunos e servidores. O Professor Doutor André Zogahib e a Professora Doutora Kátia Couceiro assumem a Reitoria da UEA com uma oportunidade ímpar de estabelecer mudanças, aproximar a ciência da gestão pública e privada, trazer os produtores dos recursos que alimentam a universidade para perto e, quiçá, construir uma Universidade maior e melhor, do jeito que nosso Amazonas e nossa Amazônia merecem.
Como representantes das indústrias que produzem além de empregos e renda, produzem 100% dos recursos financeiros que sustentam esse modelo exitosos chamado UEA, somos testemunhas da necessidade de se repensar o Amazonas, repensar de verdade, com o olhar no hoje, mas sem perder o amanhã de vista.
E é nesse clima de otimismo que parabenizamos à nova reitoria e nos colocarmos à disposição para construir caminhos (como sempre estivemos).
Queremos também, conclamar a nova Reitoria ao avanço.
É grande o clamor da sociedade por um novo modelo econômico que, pelo menos, aponte alternativas econômicas não para suceder nosso Polo Industrial, visto seus resultados significantes, mas na construção de pontes para uma formação intelectual que construa a sociedade pensante, científica, ética e comprometida com alternativas reais de desenvolvimento em meio à maior floresta tropical do mundo.
A bioeconomia, o desenvolvimento regional, o desafio da interiorização da economia e sustentabilidade em bases justas, são alguns dos temas que precisamos enfrentar juntos, sociedade e Estado.
Queremos contribuir para a reconstrução de uma UEA verdadeiramente amazônica, voltada para construir um patrimônio com o gigantismo do nosso Estado.
Somente em 2022, nossas indústrias devem colocar nos caixas da UEA algo em torno de 600 milhões de reais com nossas contribuições. Apesar do volume significativo, sabemos que precisamos de muito mais para alavancar uma universidade do nosso tamanho.
Temos a nítida certeza da importância da construção do conhecimento em bases éticas e científicas como a mais importante coluna de sustentação de uma sociedade justa, viável e sustentável.
Queremos contribuir muito, mas também queremos chamar a atenção para a falta de visão dos que fecharam às portas ao debate. As indústrias, mais que fonte de recursos, podem ser a experiência viva dentro da UEA. Não só laboratórios de programas específicos, mas forte aliada na gestão, no enfrentamento de desafios e na construção de uma UEA imponente.
A indústria amazonense, quer entrar pela porta da frente e contribuir. Queremos discutir rumos e metas. Queremos participar do planejamento e atuar bem de perto. Queremos estar nos conselhos, atuando como parceiros mais que financeiros.
Muito mais que produtos, a indústria do Amazonas quer ajudar a construir um futuro. A construção depende de todos. Estamos confiantes e esperançosos em uma UEA maior e melhor.
Parabéns, Reitor, muita luz e conquistas na gestão que começa.
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