Nosso melhor e talvez o único caminho passa pela Ciência, Tecnologia e Inovação, um conceito sofisticado/avançado de educação e promoção do processo civilizatório para uma geração atrasada, analógica e esquecida pelas prioridades da gestão pública. Se adotamos a via do conhecimento, da interpretação e transformação do mundo real, nada será como antes em todos os setores em que a mudança se impõe. Seja a desigualdade, o negacionismo e a sadia competitividade e a criatividade que nos exijam prontidão para mudar, reduzir riscos e custos, os riscos do atraso e os custos da insensatez.
Por Alfredo Lopes-BAA e Roberto Garcia (FPF-Tech)
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O Polo Industrial de Manaus, a terceira malha fabril do país, terá a oportunidade de avançar em seu portfólio de inovação com a chegada da velocidade 5G de processamento digital. Respostas mais rápidas associadas à baixa latência empurram, enfim e definitivamente, o programa ZFM para a Quarta Revolução Industrial. Isso significa maior competitividade e expansão das tecnologias de informação e comunicação para diversas áreas, incluindo a Agroindústria e, principalmente, a Bioeconomia.
Interconectadas e com menor tempo de resposta, as máquinas se transformam em atores inteligentes que se comunicam com os demais atores da cadeia produtiva. Tudo isso em tempo real e em processo permanente de comunicação dos tais atores. O nome disso é M2M, de máquina para máquina. Um mundo interligado, onde a máquina mãe é a inteligência humana, sua criatividade e capacidade de simultaneidade operativa e competitiva. Novos tempos, novas atitudes.
O programa Zona Franca de Manaus, de redução das desigualdades regionais, de modo criterioso e sem alardes, está demonstrando que o melhor caminho para a redução das disparidades entre o Norte e o Sul do país é a disseminação de novas modulações de desenvolvimento sustentável que possam elevar os indicadores de desenvolvimento humano de nossa região. Estamos incluindo do lado de cá o Nordeste e, do lado de lá, o Sudeste, frequentemente apartados por preconceitos e incompreensões, algo absolutamente sem sentido e geopoliticamente predatório. Falta prosa e acolhimento. Um apartheid disfarçado, vesgo e origem de danos incessantes para o exercício da cidadania e da brasilidade em construção.
Nosso melhor e talvez o único caminho passa pela Ciência, Tecnologia e Inovação, um conceito sofisticado/avançado de educação e promoção do processo civilizatório para uma geração atrasada, analógica e esquecida pelas prioridades da gestão pública. Se adotamos a via do conhecimento, da interpretação e transformação do mundo real nada será como antes em todos os setores em que a mudança se impõe. Seja a desigualdade, o negacionismo e a sadia competitividade e a criatividade que nos exijam prontidão para mudar, reduzir riscos e custos, os riscos do atraso e os custos da insensatez.
Nossa economia tem sido alvo de acusações de obsolescência, fruto de chavões do desconhecimento ou da maledicência habitual. Tomara que os recursos sofisticados da comunicação 4.0 nos ajudem a divulgar com maior efetividade os impactos e as oportunidades que nossa modelagem de desenvolvimento está alcançando. Assim vamos diluir o caldo do preconceito com a energia restauradora de novas parcerias, inteligentes e criativas, e em favor das novas gerações.
Precisamos, apenas e sem delongas, por em prática os princípios de uma nova aritmética da solidariedade inventiva onde dividir esforços, em lugar de subtrair quantidades, multiplica oportunidades na soma fecunda da união que nos desafia a avançar e recomeçar tudo outra vez.
O ano termina sob o estigma da inflação e da iminência de uma recessão. Mais uma crise que, de uma vez por todas, precisa transformar-se em janelas de oportunidades e de superação. Pra valer!
Em tempo: no próximo dia 26, as 15:00, por iniciativa da Fundação Paulo Feitoza -Tech e do portal BrasilAmazoniaAgora, com apoio do CIEAM e da FIEAM, estaremos debatendo: 5G: perspectivas e ganhos para a indústria
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