País fica atrás apenas da Argentina e da Turquia. Considerando as Américas, o Brasil tem a 5ª maior inflação
O Brasil ocupa o terceiro lugar do ranking de inflações considerando as nações do G-20, grupo formado pelas maiores economistas do mundo. O País tem a 23ª maior inflação do mundo e está em quinto lugar considerando as economias das Américas do Sul, Central e Norte .
De acordo com números de setembro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados na última sexta-feira (8), o Brasil acumula variação de 10,25% nos últimos 12 meses.
Considerando o G-20, o Brasil está atrás apenas da Argentina, com inflação de 51,4%, e da Turquia, com variação de 19,58%. Os dados são do Trading Economics, site que disponibiliza indicadores econômicos de 196 países.
PRESSÃO INFLACIONÁRIA
O economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, André Braz, explica que o aumento de preços no País se intensificou com a chegada da pandemia e que a pressão inflacionária no ano passado era, sobretudo, sobre os alimentos.
À época, a questão era muito ligada às commodities agrícolas, como soja, milho e trigo, problemas em safras e aumento da demanda. Outro ponto, talvez o principal, foi a desvalorização do real frente ao dólar, questão que persistiu neste ano.
“A crise doméstica relacionada ao endividamento público e atritos políticos fizeram com que a nossa moeda seguisse em desvalorização e que a inflação fosse cada vez sendo incorporada por outros setores. Aquela pressão inflacionária muito concentrada em alimentos em 2020 acabou se diversificando para outros setores em 2021 porque não foi só o preço dos grãos”, destaca.
Ele também atribui a inflação à crise hídrica, que levou ao aumento dos custos de energia para os consumidores, serviços e indústria. Segundo ele, a expectativa é que as pressões inflacionárias arrefeçam a partir do segundo trimestre do ano que vem, quando deve haver uma regularização do regime de chuvas.
VEJA AS INFLAÇÕES DOS PAÍSES DO G-20
País | Inflação |
Argentina | 51,40% |
Turquia | 19,58% |
Brasil | 10,25% |
Rússia | 7,40% |
México | 6,00% |
Índia | 5,30% |
Estados Unidos | 5,30% |
África Do Sul | 4,90% |
Canadá | 4,10% |
Alemanha | 4,10% |
Espanha | 4,00% |
Austrália | 3,80% |
Zona Euro | 3,40% |
Reino Unido | 3,20% |
Holanda | 2,70% |
Itália | 2,60% |
Coreia Do Sul | 2,50% |
Cingapura | 2,40% |
França | 2,10% |
Indonésia | 1,60% |
Suíça | 0,90% |
China | 0,80% |
Arábia Saudita | 0,30% |
Japão | -0,40% |
VEJA AS INFLAÇÕES DOS PAÍSES DA AMÉRICA
País | Inflação |
Venezuela | 2.720,00% |
Suriname | 59,80% |
Argentina | 51,40% |
Haiti | 12,20% |
Brasil | 10,25% |
República Dominicana | 7,90% |
Guiana | 7,70% |
Uruguai | 7,41% |
Paraguai | 6,40% |
Jamaica | 6,10% |
México | 6,00% |
Chile | 5,30% |
Estados Unidos | 5,30% |
Peru | 5,23% |
Nicarágua | 4,98% |
El Salvador | 4,97% |
Colômbia | 4,51% |
Cuba | 4,20% |
Canadá | 4,10% |
Belize | 3,90% |
Barbados | 3,70% |
Guatemala | 3,67% |
Porto Rico | 3,30% |
Baamas | 2,70% |
Honduras | 2,64% |
Panamá | 2,39% |
Trinidad E Tobago | 2,20% |
Costa-Rica | 2,09% |
Aruba | 1,40% |
Bermudas | 1,20% |
Equador | 1,07% |
Bolívia | 0,18% |
Ilhas Caimã | -1,00% |
Fonte: Diário do Nordeste
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