Um novo levantamento feito pelo MapBiomas mostrou o prejuízo hídrico do Brasil nas últimas três décadas. Desde 1985, o país perdeu 15,7% da superfície de água (cerca de 3,1 milhões de hectares) de seu território. O cenário é preocupante: oito das 12 regiões hidrográficas do país apresentam tendência de perda de água. “Nesse ritmo, vamos chegar a um quarto (25%) de redução da superfície de água do Brasil antes de 2050”, observou Tasso Azevedo, coordenador do projeto, ao Estadão.
O Pantanal despontou como o bioma mais afetado pela perda hídrica, com diminuição de 74% de sua cobertura de água. Na Caatinga, a redução da cobertura de água foi de 15%, seguida por Cerrado (queda de 5,5%) e Mata Atlântica (4,6%). Já na Amazônia, o balanço foi ligeiramente positivo, com aumento de 0,5%; no entanto, se considerarmos os dados desde 1991, ano que registrou o pico de área de superfície de água no Brasil, houve uma perda de 13%.
A Folha destacou o panorama hídrico do Pantanal, bioma mais afetado pela perda de água. Não à toa, os pantaneiros também vêm sofrendo na última década com a intensificação das queimadas. O município mais afetado pelo fogo no Brasil é o mesmo que registrou a maior redução de superfície de água – Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Na série “Brasil: colapso ambiental”, no Fantástico (TV Globo), Sônia Bridi visitou a região de Cáceres (MT), uma das mais afetadas pela perda de água, e explicou como a mudança do clima e o avanço do desmatamento na Amazônia contribuem para que o Brasil, dono de 12% das reservas de água doce do mundo, sofra com a falta d’água.
Os dados também tiveram destaque em veículos como CNN Brasil, Correio Braziliense, Exame, Globo Rural, O Globo e Valor, entre outros.
Fonte: ClimaInfo
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