Um novo modelo de telha, criado pela Telite, usa o grafeno para gerar energia. A telha feita com grafeno é capaz de transformar a energia solar em eletricidade, tornando as construções autossuficientes em energia. De acordo com a fabricante, quatro unidades dessas telhas são suficientes para gerar até 30 KW mês, eletricidade necessária para abastecer uma residência média durante todo esse período. Acima deste número de telhas será possível vender o excesso para as concessionárias de energia.
Outra vantagem apontada pela marca é a durabilidade do produto, que pode chegar a 80 anos. “Nosso objetivo foi desenvolver uma tecnologia que atingisse todas as classes sociais. Isso garante a possibilidade de levar energia limpa e renovável a lugares que ainda carecem de eletricidade por todo o país”, afirma Leonardo Retto, CEO da Telite.
Fundada em 2013, a Telite começou como uma fábrica de telhas de fibra de vidro, que Leonardo fundou com o pai. Com o tempo, o CEO passou a pesquisar a produção de telhas com insumos descartáveis, que entram em um processo de reciclagem, como garrafas, embalagens e diversas variedades demateriais plásticos.
A marca passou então a fabricar a Telha Colonial Plástica, que utiliza 100% de resíduos plásticos retirados do meio ambiente, cerca de 150 toneladas por mês.
O novo modelo de telha de grafeno é desenvolvida em PEAD, polietileno de alta densidade que é um polímero da família das poliolefinas. Devido às suas propriedades mecânicas e térmicas, esse material atende segmentos de infraestrutura com alta durabilidade e facilidade na instalação.
Telha ecológica
As placas pesam 7 kg e têm pouco mais de 2 metros de comprimento e o custo é 40% menor do que os painéis solares convencionais. De acordo com a Telite, a camada de grafeno pode ser aplicada em qualquer telha, possibilitando a instalação e a cobertura de grandes áreas. O material é capaz de absorver energia solar em dias nublados e chuvosos, mantendo a sua capacidade de gerar eletricidade.
Os primeiros testes com a nova telha serão realizados em duas casas, uma na região Sudeste e outra na região Sul do Brasil. Na Califórnia, Estados Unidos, telhados de grafeno serão instalados em um condomínio ecológico de luxo.
“Estamos em fase de certificação no Inmetro e a ideia é ter regiões diferentes, com climas distintos, para comprovar nossos testes de mais de quatro anos. A partir dessa validação, começa o processo de vendas para o público e, depois de seis meses, devemos iniciar a produção em massa”, completa o CEO da empresa.
Telhas solares no Brasil
Além da Telite, a Eternit também desenvolveu uma telha solar que já está sendo testada em duas residências do interior de São Paulo. O modelo é feito de concreto e possui células fotovoltaicas acopladas.
As telhas já estavam sendo produzidas, sob demanda, na fábrica Tégula Solar, em Atibaia, interior de São Paulo. A produção, por enquanto, é voltada para projetos-pilotos, como o realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e agora este residencial.
O modelo fotovoltaico em concreto já foi aprovado pelo Inmetro e ganhou o nome de Tégula Solar. Um outro modelo, em fibrocimento, aguarda homologação do Inmetro e vai se somar a nova linha fotovoltaica da marca – a Eternit Solar.
“Por ser o tipo de telha de maior utilização nos estabelecimentos do país e com o custo mais acessível, poderemos oferecer a possibilidade de adesão à energia solar a uma grande parcela da população brasileira, popularizando esse acesso”, explica Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.
Outra vantagem, segundo ele, é que a telha solar será intercambiável com a telha tradicional da marca, podendo ser substituída nos pontos necessários sem precisar mudar a estrutura inteira da cobertura. “Feito isso, a ligação elétrica e a conexão com a rede de transmissão seguem os mesmos padrões e exigências dos sistemas tradicionais de placas fotovoltaicas”, afirma.
Fonte: CicloVivo
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